De olho na provável candidatura presidencial do próximo ano, aliados do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), já elencam temas considerados positivos para tratar na disputa eleitoral de 2010 e para contrapor-se a Dilma Rousseff. Um exemplo é a Política Estadual de Mudanças Climáticas, que será sancionada hoje, com festa na sede do governo paulista. Na avaliação de aliados de Serra, é possível aproveitar o fato de o governo federal ter sinalizado que pode não apresentar um compromisso de redução das emissões dos gases-estufa na conferência do clima, em Copenhague. "São Paulo prova que é possível ter crescimento com sustentabilidade. Nós temos coragem de apresentar uma meta de redução de 20% (das emissões) até 2020'', diz o líder do governo Serra na Assembleia, deputado Vaz de Lima (PSDB).
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Mensalão
Deputados e senadores arrolados pela defesa dos réus do mensalão faltaram aos depoimentos marcados pela Justiça Federal de Brasília e perderam a prerrogativa de escolher o dia, hora e local para prestar os esclarecimentos. Eles foram notificados para prestar depoimentos. Entre os deputados está Hermes Parcianello (PMDB-PR). O STF decidiu marcar todos os depoimentos para o próximo dia 17.
Nas mãos de Tarso
Depois de ter negado que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz será demitido do cargo e que ele apenas seria suspenso, o Ministério da Justiça informou neste fim de semana que ainda vai analisar o pedido de suspensão dele por 60 dias. O pedido deve passar pela consultoria jurídica do ministério, que emitirá um parecer, e depois o encaminha ao ministro Tarso Genro. Cabe ao ministro decidir se a punição é aplicada ou negada.
Luto no Noroeste
Um acidente de trânsito na tarde de sábado matou o ex-prefeito de Ivatuba, no Noroeste do Paraná. Adolfo Semprebom (PDT), de 67 anos, viajava pela PR-551, quando no trevo de acesso para a PR-317 perdeu o controle do carro, bateu na canaleta lateral da pista e se chocou contra uma árvore. O político morreu no local. Semprebom foi prefeito de Ivatuba por três mandatos. Sua última passagem pela prefeitura terminou ano passado, quando perdeu a disputa pela reeleição.
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Pinga-fogo
"Tudo que recebi na vida não dá para pagar essa dívida. Trabalhei para chegar nessa fase da vida e viver uma situação vergonhosa, morando em um apartamento que já não é meu."
Luíza Erundina (PSB-SP), 74 anos, que penhorou seus únicos bens um apartamento e dois carros para pagar parte de uma dívida de R$ 350 mil com a prefeitura de São Paulo. Como os bens não cobrem o valor, todo mês, 10% do salário dela é retido para quitar o débito. Ela foi condenada por usar dinheiro do município, quando era prefeita, para financiar publicações de apoio a uma greve geral.