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A bancada estadual do PFL decidiu apoiar a candidatura do pré-candidato a governador Rubens Bueno (PPS). O indicativo de aliança foi anunciado ontem, depois de uma reunião da executiva estadual. O PFL é um dos partidos que estavam trabalhando para costurar a frente de oposição para lançar o senador Osmar Dias (PDT) ao governo do estado, mas a demora na definição da candidatura abriu espaço para uma mudança de rota.

É consenso entre os deputados do partido que a definição precisa ser imediata. "Não podemos ficar aguardando mais. A candidatura de oposição hoje ao governo é a do Rubens Bueno e vamos apoiá-lo para assegurar que a eleição vá para o segundo turno", disse o vice-presidente do PFL do Paraná, deputado estadual Durval Amaral.

Mesmo que o senador Osmar Dias seja candidato a governador, Amaral afirma que o PFL não deve se juntar ao PDT porque há um "impeditivo" de ordem legal.

A candidatura a presidente da República do senador Cristóvam Buarque (PDT) – que pode ser oficializada na convenção do dia 19 – inviabilizaria a aliança de oposição porque PSDB e PFL já estão coligados no plano nacional e têm candidato próprio a presidente da República, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O presidente do partido, deputado federal Abelardo Lupion, defende que o PFL aguarde até o dia 19, prazo final para a definição do senador Osmar Dias, antes de tomar qualquer posição, mas a bancada tem pressa.

Segundo Durval Amaral, o PPS e o PFL já fecharam acordos no Mato Grosso, Rio de Janeiro e Pernambuco. Outros estados também estão formalizando as alianças. Para a disputa presidencial, o PFL está coligado com o PSDB, mas como existe o indicativo de apoio do PPS à candidatura do tucano Geraldo Alckmin, os pefelistas consideram natural a coligação entre os dois partidos no Paraná.

O PFL, segundo Amaral, tem a oferecer a Rubens Bueno a estrutura do partido no Paraná, o tempo de televisão e a participação dos deputados e lideranças na campanha do candidato.

Implosão

Uma eventual aliança do PSDB com o PMDB, adversários no estado, seria inexplicável na avaliação dos pefelistas. "É um suicídio político porque não há lógica que explique essa união. Tudo vai ser suspeito e corre o risco de implodir a candidatura de Requião", afirma Durval Amaral.

Para o líder do PFL, deputado Plauto Miró Guimarães, se for oficializada uma coligação entre as duas legendas, os outros partidos que estarão na disputa estadual vão explorar o fato de adversários históricos se juntarem no mesmo palanque. "Toda aliança política que não é auto-explicável está destinada à derrota."

O PFL ainda tem esperança de ter o PSDB na oposição, mesmo que apoiando um outro candidato a governador, que poderia ser do próprio PSDB ou Osmar Dias. "Quanto mais candidatos a governador, melhor para forçar um segundo turno", avalia o secretário geral do PFL, deputado Élio Rusch.

O ex-prefeito de Curitiba e pré candidato a deputado federal, Cassio Taniguchi, também defende a aliança porque considera Rubens Bueno o mais preparado para fazer oposição a Requião. O PPS e o PFL, segundo ele, são os únicos partidos que cumprem o papel de oposição no Paraná. "O PSDB vem fazendo uma oposição de mentirinha, prova é a aliança que está para ser fechada entre PMDB e tucanos ", disse Taniguchi.

Os deputados e pré-candidatos já começaram a fazer as contas sobre os votos necessários para se eleger numa coligação formal entre o PFL e PPS. A previsão é de que seja possível eleger 12 deputados estaduais, cada um fazendo, no mínimo, 30 mil votos. O PPS está disposto a receber o aliado de braços abertos. "A chegada do PFL dá musculatura à candidatura do Rubens e sinaliza que vamos ter um segundo turno", declarou o líder do PPS na Assembléia, Marcos Isfer.

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