Uma confusão com homônimos marcou uma audiência da Lava Jato na última sexta-feira (4) na Justiça Federal de Curitiba. O Ministério Público Federal (MPF) intimou um ex-funcionário do banco Schahin para depor, mas quem apareceu foi o capoteiro (profissional que trabalha com reforma de bancos de carros) Jorge Washington Blanco.
A confusão ficou clara em menos de um minuto após o início da audiência, quando Blanco informou sua ocupação. O procurador do MPF Diogo Castor de Mattos fez apenas mais duas perguntas: se ele já havia trabalhado no banco Schahin e se ele conhecia o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada. Como as duas respostas foram negativas, a confusão foi percebida.
“Talvez o senhor tenha sido chamado por engano, por alguma questão de homônimo. Eu declaro encerrado seu depoimento e também não tenho indagações”, disse o juiz Sergio Moro para finalizar a oitiva, que durou cerca de dois minutos.
Blanco foi intimado pelo MPF como testemunha de acusação no processo contra o pecuarista José Carlos Bumlai na Lava Jato. Ele foi ouvido por videoconferência com a Justiça Federal de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A próxima audiência do caso será no dia 14 de março, quando o ex-presidente Lula será ouvido como testemunha de defesa do ex-pecuarista.
Capoteiro é intimado por engano para depor na Lava Jato
MPF havia intimado o funcionário do banco Schahin Jorge Washington Blanco, mas um capoteiro homônimo foi intimado no lugar dele
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