Cinco partidos vão “estrear” em eleições municipais este ano: Partido da Mulher Brasileira (PMB), Partido Novo, Partido Republicano da Ordem Nacional (Pros), Rede Sustentabilidade e Solidariedade.
Além de participarem do pleito municipal pela primeira vez, eles têm outro ponto em comum: apostam em “caras novas” e no corpo a corpo para chegar ao eleitor e conquistar vagas em prefeituras e câmaras municipais.
Mesmo tendo participado das eleições de 2014 (presidente, governador, senador e deputados federais e estaduais), Pros e Solidariedade terão chapas formadas por aproximadamente 90% candidatos “novatos” - e, em Curitiba, ambos terão chapas completas, com 57 candidatos a vereador. O Pros ainda vai concorrer à prefeitura com o empresário Ademar Pereira, também desconhecido no meio político.
Previsões
Com as maiores chapas, Pros e Solidariedade pretendem eleger três vereadores em Curitiba. A Rede Sustentabilidade, que se coligará ao PMDB, espera que pelo menos dois de seus candidatos sejam eleitos. PMB e Partido Novo não fizeram previsões.
De acordo com o vereador Tico Kuzma, candidato a reeleição pelo Pros, desde 2013 o partido se volta para a busca por “novas lideranças” que se relacionem com sua principal bandeira, que é a redução de impostos como consequência de uma gestão mais eficaz. “Queremos que as pessoas olhem para nossos candidatos e pensem: ‘ele é novo [na política], mas tem experiência em gestão e tem soluções para antigos problemas’”, explica.
A Rede Sustentabilidade, que confirmou nesta segunda-feira (1º) coligação com o PMDB na corrida pela prefeitura, terá 43 candidatos em Curitiba, em sua maioria jovens e novos na política. Na visão do vereador e candidato a vice-prefeito Paulo Bernardi, esse perfil é importante para atrair a atenção de jovens eleitores. “Cerca de cinco pessoas já disputaram eleições, mas a maioria são jovens disputando pela primeira vez e que têm uma militância digital, que é uma das coisas que atrai a juventude”, diz.
Partido da Mulher Brasileira e Partido Novo optaram pelos “desconhecidos” porque defendem um modo de fazer política diferente. “Para concretizarmos as mudanças [políticas que vem acontecendo], precisamos que pessoas que não se engajaram na política participem”, diz o presidente do diretório estadual do PMB, Alisson Wandscheer. Argumento semelhante é utilizado pelo presidente do diretório municipal do Partido Novo, Ederson de Almeida: “O Novo foi fundado por pessoas que não participavam da política que identificaram a necessidade de atuar na politica para verificar as mudanças necessárias”.
Corpo a corpo
Para que os eleitores conheçam esses candidatos, o melhor “método de campanha”, segundo os partidos é a campanha de rua. “Já disputei 14 eleições e, principalmente no caso de vereador, o contato pessoal ainda é o grande instrumento que o candidato tem. Todas as formas de propaganda são válidas, mas cada uma tem o seu papel. A campanha online só se concretiza quando tem um trabalho ‘offline’”, diz Bernardi, da Rede.
Junto com o uso de mídias sociais, o corpo a corpo deve compor boa parte do esforço das campanhas, principalmente para quem não estabeleceu alianças, como o Pros e o Partido Novo. “A campanha deve ser barata, enxuta, focada basicamente nas mídias sociais, mas obviamente indo até o povo pra identificar as necessidades para contribuir com as nossas ideias”, afirma Almeida.
Os candidatos mais experientes também destacam outra questão na qual os candidatos devem focar. “Não se pode prometer o que não se pode cumprir. Às vezes você fala em segurança, mas segurança não é uma questão do município”, diz o vereador e candidato à reeleição pelo Solidariedade Zé Maria.
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