Monumento foi inaugurado na Praça Rui Barbosa, onde havia o quartel da Polícia do Exército| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A 72ª Caravana da Anistia julgou ontem em Curitiba oito processos de pessoas perseguidas no Paraná durante a ditadura militar (1964-1985). "São pessoas que pretendem obter indenizações em razões das perseguições sofridas. É mais uma indenização simbólica, que reconhece o pedido de desculpas formal do Estado Brasileiro pela prática das violações dos direitos humanos", disse o Procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior.

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Foram julgados os processo de Renato Carvalho Tapa­jós, Mário Luiz Anto­nello, Dácio Villar, Julio Cezar Covello Neto, Ariel Mujica de Paula, Anjor Mujica de Paula, José Antonio Fonseca, João Parizotto (requerido por Ceverino Luiz Parizotto) e Angelo Negri (requerido por Eloar Alves dos Santos Negri). Apenas o processo de Mário Luiz Antonello teve pedido de vista e será incluído em nova sessão, ainda sem data marcada. Os outros sete foram deferidos por unanimidade.

A caravana fez ainda homenagens póstumas a 25 ex-presos políticos e seus familiares. Entre os lembrados estavam o ex-governador José Richa, pai do governador Beto Richa (PSDB), e o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet, pai do prefeito Gustavo Fruet (PDT). O evento foi realizado no auditório da seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR).

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A programação foi encerrada com a inauguração do Monumento à Resistência e à Luta pela Anistia no Paraná, na Praça Rui Barbosa, no local onde funcionou o Quartel da Polícia do Exército, para onde eram encaminhados presos políticos durante o regime militar. É o segundo monumento erguido em homenagem às vítimas da ditadura no país. O primeiro foi inaugurado em maio, em Belo Horizonte. Outras cidades, como São Paulo e Brasília, também terão monumentos.