O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta segunda-feira, 5, o pedido do governo de suspensão do julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff devido ao que a Advocacia Geral da União (AGU) considera um prejulgamento da parte do relator do caso, ministro Augusto Nardes. Cardozo criticou a politização por parte da oposição, que classifica a ação do governo como forma de ganhar tempo no julgamento nas contas de 2014.
“Não é uma questão de se ganhar tempo, mas uma questão de se obedecer a lei. Qualquer magistrado ou pessoa que age como magistrado tem que atuar de acordo com a lei e qualquer julgamento deve seguir o procedimento legal”, disse Cardozo.
Após cerimônia de posse dos novos ministros, no Palácio do Planalto, Cardozo disse que diversas matérias veiculadas pela imprensa mostram que Nardes fez julgamento antecipado do processo, tendo inclusive dito que faria uma “mudança histórica” na contabilidade do governo. “É natural que se argua a suspeição de Nardes. Não há problema em se pedir que se cumpra a lei. O magistrado deve falar nos autos e, lamentavelmente, o relator há tempos já diz que vai rejeitar as contas”, completou Cardozo.
O ministro disse que magistrados como Nardes devem agir com cautela e disse ainda que as ações do ministro do TCU trazem problemas para a isenção do processo. Para Cardozo, a oposição quer conseguir no “tapetão” aquilo que não conseguiu nas urnas em 2014.
Conanda aprova aborto em meninas sem consentimento dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos