O futuro ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, entregou à presidente eleita Dilma Rousseff uma lista tríplice com os nomes dos mais cotados para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, em substituição ao delegado Luiz Fernando Corrêa. A decisão, porém, ficou para depois do Natal.
A Polícia Federal é uma das instituições mais sensíveis da máquina federal e terá um papel central no plano nacional de segurança pública do novo governo. Cardozo filtrou os nomes após uma semana de sondagens à própria PF, ao Ministério da Justiça - ao qual o órgão é vinculado - e aos ex-ministros Márcio Thomaz Bastos e Tarso Genro. As consultas incluíram também as corporações que integram a carreira do órgão, como a Associação dos Delegados Federais (ADPF) e a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Foram realizadas ainda entrevistas individuais com os seis candidatos mais cotados para ocupar a vaga de Corrêa.
Foram entrevistados os delegados Ildo Gasparetto (superintendente no Rio Grande do Sul), Leandro Coimbra (superintendente em São Paulo), Roberto Troncon Filho (diretor de Combate ao Crime Organizado), Geraldo José de Araújo (secretário de Segurança do Pará), Valdinho Jacinto Caetano (corregedor-geral) e Luiz Pontel de Souza (diretor executivo, designado pela PF para substituir Paulo Lacerda como adido policial em Portugal). A Polícia Federal conta com 15 mil servidores e um orçamento de R$ 4,5 bilhões.
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