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Ministro disse que precisou viajar para a cidade para uma reunião com a Secretaria de Segurança. | /Agência Brasil
Ministro disse que precisou viajar para a cidade para uma reunião com a Secretaria de Segurança.| Foto: /Agência Brasil

Acusado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de interferir nas operações da Polícia Federal, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, respondeu aos ataques do peemedebista com ironia e provocações na noite desta segunda-feira. Ao falar sobre os questionamentos de Cunha sobre uma viagem que fez para Curitiba durante a madrugada há uma semana, Cardozo afirmou que o presidente pode ficar tranquilo, pois foi não foi praticar atos ilícitos na cidade.

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“Eu posso afirmar em alto e bom som: o presidente da Câmara pode ficar absolutamente tranquilo que eu não fui a Curitiba esconder bens, nem tentar ocultar bens que tenho no exterior ou conta, porque não os tenho”, afirmou.

Cardozo disse que precisou viajar para Curitiba para uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Ele argumentou que teve de deixar Brasília na madrugada, pois havia passado a noite em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada.

“Se fala por que foi tão tarde da noite, porque naquele dia eu fui chamado para uma reunião que acabou por volta das 10, 11 horas no Palácio da Alvorada, não podia me furtar isso. Saíram, ficaram me aguardando. Saímos, e fomos para o aeroporto onde fomos para o embarque”, disse.

“Eu repito: o presidente da Câmara pode ficar absolutamente tranquilo. Eu não fui esconder em Curitiba nenhuma conta que eu eventualmente tivesse no exterior. Eu fui tratar do meu trabalho, da minha função, da minha atividade como ministro e isso foi registrado publicamente na minha agenda”, afirmou.

O ministro também rebateu as críticas de que a operação desta terça-feira teve como intenção desviar o foco das investigações contra políticos do PT. “Todos têm que ser investigados. Não há ninguém que está acima da lei, embora algumas pessoas parecem que se julgam que estão acima dela. Aqueles que se julgam que estão acima da lei terão que aprender com o estado de direito que a lei vale para todos. Essa é a postura do Ministério da Justiça, essa tem sido a postura da Polícia Federal, que tenho certeza será postura também do Judiciário, como vem sendo a postura do Ministério Público Federal”.

Questionado se Cunha já estaria preso, caso a Polícia Federal fosse controlada pelo Ministério da Justiça, Cardozo disse que o presidente da Câmara deve ter o seu direito ao contraditório assegurado. “Eu não sou daqueles que faz retaliações, eu não sou daqueles que uso o meu poder para fazer vingança. Eu sou daqueles que defende a democracia. Então, portanto, o presidente da Câmara merece um tratamento justo, nos termos da lei, que ele possa apresentar sua defesa. Jamais retaliarei àqueles que usam também o seu poder para me retaliar”.

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