Para a polícia, a advogada Carla Cepollina matou o coronel Ubiratan Guimarães por ciúmes. A afirmação é do delegado Armando de Oliveira Costa, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que concluiu nesta sexta-feira o inquérito sobre a morte do militar. O documento, que tem 1.400 folhas, está dividido em quatro volumes e indicia Carla por homicídio doloso duplamente qualificado por motivo fútil (ciúme) e impossibilidade de defesa da vítima. Ela era namorada da vítima.

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Segundo o delegado, a conclusão é baseada em um conjunto de evidências firmes. Ele confirmou que ainda faltam anexar alguns poucos laudos ao inquérito e isso será feito posteriormente. O processo segue para a Justiça na próxima segunda-feira. Depois, será encaminhado ao Ministério Público para apresentação de denúncia contra Carla, que pode ser levada a júri popular.

- É um conjunto de evidências extremamente firme, que não está apoiado em uma única prova - diz o delegado, que não revelou detalhes das provas e nem das evidências porque o processo corre em segredo de Justiça.

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- Não há o menor indício de que ela tenha tido colaboração de outras pessoas no crime - afirmou o delegado. Segundo ele, o laudo pericial da calça usada por Carla no dia do crime foi parcialmente satisfatório para a polícia. Carla teria lavado a calça com um produto pesada - possivelmente com soda cáustica - para prejudicar a investigação. Mas um depoimento dado pela empregada da advogada revelou que havia manchas de sangue na calça da patroa. Também ficou evidenciado que Carla entregou peças de roupa trocadas para o trabalho de perícia. Ou seja, entregou uma jaqueta e blusa diferentes das que usava no dia do assassinato.

O delegado afirmou ainda que será difícil encontrar a arma utilizada no crime depois de tanto tempo. As evidências apontaram que o crime foi cometido com uma arma que pertencia ao próprio coronel Ubiratan.

Sobre o fato de a polícia não ter pedido a prisão de Carla, o delegado Armando de Oliveira afirmou que essa informação não poderia ser confirmada, dando um indicativo de que a polícia poderia ter pedido a prisão dela durante o processo. Por enquanto, ela está em liberdade.

Sobre as alegações dos advogados de defesa de Carla, especialmente a mãe dela, Liliana Prinzivalli, de que não há provas do envolvimento de filha no crime e que 'uma força maior teria agido para incriminá-la', o delegado disse apenas que entende o desespero da mãe ' para livrar a filha óbvio'.

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