Chefes dos três Poderes se reuniram nesta sexta-feira (28).| Foto: Beto Barata/PR

A reunião com os chefes dos três Poderes sobre segurança começou por volta das 11h30, no Palácio do Itamaraty, nesta sexta-feira (28).

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O encontro é o primeiro após troca pública de farpas entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, Alexandre Moraes, ministro da Justiça, e Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de operação da Polícia Federal na última sexta-feira que teve como alvos policiais legislativos no Senado.

Por causa de um protesto de policiais civis contra o governador Rodrigo Rollemberg na frente do Itamaraty, a reunião teve de mudar de sala.

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Além do presidente Michel Temer, Renan e Cármen, estão no encontro Rodrigo Maia, presidente da Câmara; Rodrigo Janot, procurador-geral da República; Alexandre de Moraes, ministro da Justiça; Raul Jungmann, ministro da Defesa; Leandro Daiello, diretor da Polícia Federal; José Serra, ministro das Relações Exteriores; Claudio Lamachia, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil; e comandantes militares.

O assunto oficial é sobre segurança, principalmente nas fronteiras. Um dia depois de o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a Operação Métis, em que a Polícia Federal prendeu quatro servidores do Senado, a animosidade baixou entre Renan, Cármen e Moraes.

Durante a semana, Renan atacou Moraes – chamado de “chefete de polícia” –, a quem a PF é subordinada, e classificou como “juizeco” o magistrado que decretou as prisões. Ele disse ainda que foi usado um expediente “fascista” na operação. Cármen Lúcia “exigiu” respeito do senador.

Nesta quinta-feira, o presidente Michel Temer convocou a imprensa para minimizar desentendimentos e falar que há “harmonia” entre os Poderes. Desde a última segunda-feira, houve tentativas de reunir Cármen Lúcia e Renan Calheiros para conversar. Em um encontro marcado para quinta-feira, a presidente do STF alegou agenda cheia.

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Ainda nesta quinta-feira, quando Renan comemorava a decisão do STF, cinco juízes de Minas, Pernambuco, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul protocolaram representação no Conselho de Ética da Casa pedindo que o peemedebista seja julgado por quebra de decoro parlamentar. A base da representação, segundo os juízes, que dizem pertencer ao grupo “Magistratura Independente”, é o fato de Renan ter chamado o juiz Vallisney Oliveira de “juizeco”.

Esta será a primeira de uma série de reuniões para discutir o aumento da criminalidade no país e buscar soluções para as vulnerabilidades nas fronteiras, por onde entram drogas e armas. As próximas serão com governadores e secretários de Segurança Pública dos estados.