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A entrevista do secretário da Segurança, Fernando Francischini, ocorreu ao mesmo tempo em que ele vinha sendo alvo de fortes críticas e de ser responsabilizado pelos excessos da Polícia Militar durante a manifestação de professores que terminou com ao menos 213 feridos, na última quarta-feira (29). Além das críticas da oposição, integrantes do PSDB, partido do governador Beto Richa, também passaram a criticá-lo.

O deputado federal Valdir Rossoni (PSDB-PR), ex-presidente da Assembleia Legislativa e presidente estadual do PSDB do Paraná, publicou uma nota no domingo na qual, sem citar o secretário nominalmente, pede que o governador exonere os “responsáveis pelas atitudes desmedidas”.

Com seu estilo extravagante e para muitos truculento, Francischini, também é alvo de críticas dentro da própria PM. “Estou extremamente preocupado. Ele está introduzindo uma cultura de violência na corporação”, diz o coronel da reserva da PM Elizeo Furquim, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Militares do Paraná (Amai).

Aos 45 anos, o deputado federal licenciado, ex-oficial do Exército e da Polícia Militar do Paraná e delegado da Polícia Federal, Francischini coleciona controvérsias. Em 1996, foi alvo de um processo interno na PM por agredir um jovem motorista que fazia manobras arriscadas no Batel, em Curitiba. Dois anos depois, o caso foi arquivado.

No ano seguinte, já como subcomandante do Comando de Operações Especiais da PM, foi novamente alvo de inquérito no episódio que resultou nas mortes de quatro jovens suspeitos de praticar assaltos. Um inquérito foi aberto para apurar a suspeita de que houve execução das vítimas. O caso foi arquivado em 1998, quando Francischini passou no concurso para a Polícia Federal.

Graças à sua atuação na prisão do traficante colombiano Juan Carlo Abadia, ganhou a notoriedade nacional, que alavancou sua carreira política.

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