Com os pátios lotados, a Polícia Rodoviária Federal decidiu leiloar carros apreendidos que os donos nunca voltaram para buscar. Os leilões vão acontecer em todas as regiões do país.

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Nos últimos 12 meses, foram aprendidos nas estradas brasileiras quase 100 mil veículos. A maioria fica guardada nos postos da Polícia Rodoviária Federal. Mas, em vez de buscar o carro, muitos donos desaparecem.

Há situações como a de um automóvel importado que está há dois anos sem rodar. O dono diz que vendeu o veículo, mas a transferência não foi feita. Ele reclama que tem R$ 6.000 em multas em seu nome injustamente. Só em Goiás, cerca de 500 motoristas estão sendo comunicados sobre o leilão. Uma lei permite a venda de veículos parados há mais de três meses na Polícia Rodoviária. "O proprietário tem chance de ter esse carro de volta até o dia do leilão. Só não tem chance depois que o leiloeiro bater o martelo", explica Paulo Afonso da Silva, da Polícia Rodoviária Federal.

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Segundo os policiais, em alguns casos dificilmente o dono deve aparecer para tentar retirar o carro. Um dos veículos, por exemplo, é avaliado em R$ 5.000, mas tem uma ficha extensa de 18 metros com mais de 380 multas, a maioria por excesso de velocidade. A dívida chega a R$ 50 mil, dez vezes mais que o preço de mercado do carro. Para atrair compradores, o leilão vai permitir que os carros sejam vendidos sem as dívidas. "O lucro aferido com a venda do bem vai pagar as despesas que o carro contraiu", informa Newton Moraes, da Polícia Rodoviária Federal. O primeiro leilão será ainda neste mês e vai acontecer em Goiânia.