Integra da carta de renúncia
"Senhor Presidente,
Cumprimentando Vossa Excelência, venho apresentar na forma da Constituição Estadual, renúncia, a partir de 1º /04/2010, ao cargo de Governador do Estado do Paraná, em cumprimento ao artigo 14, parágrafo 6º, da Constituição Federal, de 05.10.1988.
Na certeza de ter levado a bom termo as propostas de governo, apoiadas, majoritariamente, pelo povo do Paraná, que muito me honrou com seu voto e confiança, inicio agora nova caminhada para abrir maiores e melhores espaços para o Estado no cenário nacional.
Reafirmando meu propósito inabalável de continuar lutando por justiça e fraternidade, aproveito para agradecer o inestimável apoio que sempre recebi desse egrégio Poder Legislativo.
AtenciosamenteROBERTO REQUIÃOGovernador do Estado".
A carta de renúncia do governador Roberto Requião(PMDB) foi entregue pelo chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, ao presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Nelson Justus (DEM), na tarde desta segunda-feira (29). Justus leu o documento, de apenas uma página, as 16h30, durante a sessão. Na carta, o governador afirma que se afasta do cargo a partir do dia 1º de abril em cumprimento de determinação constitucional.
Requião deixa o governo para disputar uma vaga ao Senado. Orlando Pessuti (PMDB) assume na próxima quinta-feira (1º). No documento, o governador disse que entrega o cargo na certeza de ter apresentado propostas de governo apoiadas pelo povo do Paraná. "Reafirmando meu propósito inabalável de continuar lutando por justiça e fraternidade", escreveu Requião.
Requião agradeceu o apoio do Poder Legislativo e disse que a partir de agora parte para projetos nacionais. "Início agora nova caminhada para abrir maiores e melhores espaços para o Estado no cenário nacional", relatou o governador na carta.
De acordo com a Lei Eleitoral, para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os governadores dos estados, os prefeitos, ministros e secretários devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes da eleição. A data limite é a próxima sexta-feira (2), feriado da Paixão de Cristo. Eles só poderiam permanecer se concorressem à reeleição.Pessuti toma posse como governador às 18 horas de quinta-feira na Assembleia. Ele também é pré-candidato a governador nas eleições de outubro deste ano. Pela lei eleitoral, ele pode continuar no cargo de governador para disputar a reeleição. Na quarta-feira (31), Requião realiza uma reunião de prestação de contas das principais ações e programas de seu governo às 10h, no Teatro Guaíra.
Richa também sai
O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), também se afastará do cargo para a disputa ao governo estadual. Ele apresentará sua carta de desincompatibilização à Câmara na terça-feira (30).
No mesmo dia, em sessão marcada para as 10 horas, Luciano Ducci (PSB) vai prestar juramento como novo prefeito de Curitiba. Na edição de domingo do jornal Gazeta do Povo foi mostrado um balanço da administração de Requião.
Somado ao primeiro mandato, de 1991 a 1994, Requião ficou 11 anos como governador. Segundo levantamento feito pelo jornal, o estado deixou de investir cerca de R$ 1,9 bilhão na área de saúde.
Na mesma edição, o jornal publicou uma entrevista com o vice-prefeito Luciano Ducci, que assume a prefeitura na terça-feira. Ducci afirmou que irá manter o trabalho que Beto Richa vinha realizando.
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