O deputado estadual Civil Caíto Quintana (PMDB), ex-secretário-chefe da Casa Civil no governo Requião, defendeu ontem o uso do cartão corporativo por parte do governo do estado e disse que esse tipo de gasto não é exclusivo do gabinete do governador, mas sim, de todos os funcionários estaduais.
Na semana passada, o deputado estadual oposicionista Ademar Traiano (PSDB), líder do PSDB na Assembléia Legislativa, acusou o governo de estar gastando excessivamente com o cartão corporativo, sem detalhar como são essas despesas. Traiano havia dito, baseado em dados do site Gestão do Dinheiro Público, do governo do estado, que o gasto de dinheiro em uma única pousada teria chegado a R$ 120 mil.
"Esse cartão substitui o dinheiro e o valor é depositado para o funcionário que está trabalhando. Isso é uma rubrica orçamentária destinada exatamente para carregar o cartão. Não quer dizer que o valor referente a essa rubrica tenha sido gasto", rebateu Quintana.
De acordo com o parlamentar peemedebista, é direito do servidor que está viajando a trabalho ter uma diária para gastar. "Com o uso do cartão corporativo, que foi criado no governo passado, do Jaime Lerner, não se precisa prestar contas nem dar notas fiscais. O funcionário, se quiser dormir na casa de um parente, problema dele. Mas ele tem de ter a diária para ir a um hotel se assim optar", afirmou Quintana.
Segundo Traiano, as explicações apresentadas pelo governista continuam truncadas. "O Caíto se comprometeu a trazer as informações que estamos pedindo, pois o atual chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, não deu explicações transparentes. As respostas que foram passadas aos parlamentares foram vagas", disse o deputado tucano, destacando que ainda aguarda documentações detalhando com que o dinheiro está sendo gasto.
"A denúncia que fizemos não é vazia nem infundada. Enviamos um requerimento com pedidos de informação sobre as despesas com os cartões às secretarias da Administração e Fazenda e à Casa Civil. Não houve respostas objetivas. O secretário Iatauro apenas nos enviou uma cópia do decreto de criação do cartão corporativo", afirmou Traiano.
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