O presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), nega que a criação de cargos comissionados possa aumentar os casos de nepotismo. Para ele, o combate à contratação de parentes depende de uma lei específica para o assunto. Derosso também adianta que não está disposto a contratar, via concurso público, funcionários para trabalhar nos gabinetes de vereadores.
O método adotado pela presidência da Casa para evitar o nepotismo é a orientação. Em outubro do ano passado, todos os parlamentares receberam uma "cartilha", que indica a relação de parentes até terceiro grau que não podem ser contratados. "Os vereadores têm de entender que não há uma lei que proíbe o nepotismo, mas que existe a lei da imprensa. Ou seja, eles correm o risco de ir parar no jornal por causa dos parentes que contrataram", afirma.
Desde o ano passado, a Câmara Municipal de Curitiba é alvo de uma investigação sobre nepotismo feita pelo Ministério Público Estadual (MPE). O inquérito também abrange a prefeitura da capital, o governo do estado, a Assembléia Legislativa e o Tribunal de Contas. Todos os vereadores já entregaram a relação de parentes que trabalham na Casa.
Derosso prefere não comentar quais são os vereadores que admitiram ter parentes contratados ao MPE, apesar de as listas terem passado pela presidência. "Não chegam a 15 casos", adianta. Para ele, os parlamentares têm de ser totalmente responsáveis pelos funcionários que colocam em seu gabinete. "Até por isso sou contra a realização de qualquer concurso nesse caso", explica.
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