Após encontro com o governador gaúcho Tarso Genro no Palácio Piratini, em Porto Alegre, no final da tarde de hoje, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, concedeu rápida entrevista antes de rumar para a Assembleia Legislativa do Estado, onde participou da abertura do Seminário de Participação Cidadã. Questionado sobre a polêmica votação do novo mínimo no Congresso Nacional, Carvalho afirmou que os aliados que não votaram com o governo "sabem dos problemas que vão enfrentar".
A afirmação veio após a pergunta sobre o tipo de tratamento que o governo daria aos senadores gaúchos Ana Amélia (PP), que defendeu o mínimo de R$ 600, Pedro Simon (PMDB), que se absteve, e Paulo Paim (PT), que teceu críticas, mas voltou atrás à proposta governista.
"Vamos sempre valorizar muito o gesto do Paim, que deu um passo extraordinário para ser um senador que vai muito além do salário mínimo, que será chamado para tratar grandes temas com o governo. Valorizamos muito os que foram fiéis a nós. Os que não foram, eles mesmos sabem dos problemas que vão enfrentar". Mas retornou ao tom conciliador: "Queremos continuar contanto com os senadores. Vamos manter uma boa relação com eles, sem problemas".
Carvalho disse também não acreditar que a relação do governo com as centrais sindicais sejam afetadas após as críticas feitas pelos trabalhadores, que exigiam um mínimo de R$ 560. "O tempo todo discutimos com as centrais sindicais que a política do salário mínimo é uma grande vitória. Esse acordo que dá estabilidade até 2015 ao trabalhador garante uma recuperação real do mínimo. Embora o barulho que as centrais fizeram, e reconhecemos que é o seu papel, elas sabem que o dialogo tem que continuar", disse.
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