"Matei por prazer". Foi assim que o caseiro Agrinaldo Teixeira Silva, de 30 anos, explicou nesta segunda-feira o assassinato do menino Nathanel dos Santos Marinho, de 11, que no domingo foi morto a golpes de foice em um sítio no município de Vitória de Santo Antão, a 51 quilômetros de Recife.

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O caseiro abriu os portões da propriedade para que o menino e mais dois amigos colhessem seriguelas, pitombas e acerolas, frutas muito comuns em Pernambuco nessa época do ano. Depois de permitir o ingresso dos garotos, ele pegou uma foice e matou o menino, enquanto os dois outros fugiram. Os golpes foram desferidos nas pernas, pescoço e cabeça da vítima. O caseiro foi preso quando lavava a foice em um rio.

De acordo com o depoimento prestado à polícia, durante o qual não demonstrou arrependimento, o caseiro afirmou que cometeu o crime porque estava irritado com as crianças que apareciam no sítio para pegar frutas. O acusado disse que depois da morte do menino, ninguém mais roubará frutas no sítio.

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Depois de matar o garoto, o assassino tentou fugir, mas foi cercado por moradores da vizinhança, que queriam linchá-lo.

- Ele foi alcançado na margem do rio Tapacurá, era um grupo grande, cerca de 30 pessoas. Mas uma equipe policial o resgatou e ele foi trazido para a delegacia - diz o delegado Marciano Bezerra.

Ainda assim, as pessoas voltaram ao local do crime e destruíram a casa onde o caseiro morava, queimando também um casebre vizinho.

Agrinaldo foi autuado em flagrante e responderá por homicídio duplamente qualificado. Ele deve ser transferido da cadeia de Vitória, porque os moradores da cidade querem vingar a morte do garoto.

O corpo do menino foi levado para uma igreja evangélica em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, para o velório.

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