A defensora pública Raquel Ayres visitou o caseiro do coronel reformado Paulo Malhães, Rogério Pires ontem. Ela esteve na Divisão Antissequestros, no Leblon, zona sul do Rio, e constatou que Pires está deprimido. Preso desde o último dia 29, o caseiro, acusado de participação no assalto que resultou na morte do coronel, ainda não tinha advogado.
Em depoimento à Comissão da Verdade, Malhães havia confessado participação em crimes de tortura, assassinato e ocultação de cadáver de presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985).
"Foi nosso primeiro contato, e ele negou peremptoriamente participação no roubo e na morte de Malhães", disse a defensora. Hoje ela conversou com o delegado assistente Willian Júnior, e solicitou o inquérito policial, mas foi informada de que o processo completo foi encaminhado ao Ministério Público do Rio. "Assim que retornar, terei acesso ao documento", disse.
A defensora explicou que somente depois de analisar o inquérito traçará a estratégia quanto à defesa de Pires. "Além do inquérito, também estou aguardando o laudo pericial", frisou, acrescentando que o documento é muito importante para as partes.
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