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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira (3) que o escândalo envolvendo Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, é uma exceção e não envolve a estrutura do partido. O dirigente, no entanto, lamentou o ocorrido e disse que o partido não compactua com os fatos revelados por investigação da Polícia Federal.

Rosemary Noronha é suspeita de tráfico de influência e de intermediar pedidos e benefícios a familiares. Ela foi nomeada para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mantida na chefia de gabinete pela presidente Dilma Rouseff. Após a divulgação dos fatos revelados pela PF, Rosemary foi exonerada por Dilma. "São exceções que têm ocorrido no PT que não envolvem nossa estrutura partidária", disse Falcão, após participar de um encontro com prefeitos e vereadores do PT eleitos ou reeleitos no Rio.

"Lamentamos que alguém que estava num posto de representação federal possa ter cometido os fatos revelados pela imprensa a partir da investigação da Polícia Federal. O PT não compactua com isso", completou.

Falcão negou que o escândalo possa prejudicar a imagem do ex-presidente. "O PT não está envolvido nisso. A imagem do presidente Lula está muito associada às transformações ocorridas nos últimos dez anos no país", disse, negando conhecer a intimidade relatada pela Folha entre Rosemary e Lula.

O presidente nacional do PT também falou sobre o ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas) Paulo Vieira, também investigado pela PF. "Ele provavelmente será processado, terá direito a defesa, e o PT, no momento propício, se houver condenação, seguirá o seu estatuto [apuração, suspensão e desfiliação], concedendo ampla defesa ao acusado", disse.

Sobre a cassação do mandato de políticos condenados no processo do mensalão, Falcão afirmou que essa é uma decisão que compete ao Senado e Câmara Federal. "Esse é o nosso entendimento. Os juristas estão interpretando se é o Congresso Nacional ou o STF que tem que tomar a decisão", disse.

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