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Edgar Bueno, prefeito de Cascavel | Nani Gois/Alep
Edgar Bueno, prefeito de Cascavel| Foto: Nani Gois/Alep

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá decidir o imbróglio jurídico que envolve o cargo de prefeito de Cascavel, no Oeste do Paraná. Isso porque o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, desembargador Rogério Coelho, aceitou um recurso especial impetrado pelo prefeito Edgar Bueno (PDT), que deu direito de ele recorrer da cassação de seu mandato, determinada pelo próprio TRE. Bueno e o vice, Maurício Theodoro (PSDB), foram cassados pela Justiça Eleitoral paranaense em novembro do ano passado. Ambos são acusados de fraude eleitoral.

A ação que cassou o mandato de Bueno também mandou dar posse ao deputado estadual professor José Lemos (PT), segundo colocado nas eleições do ano passado. Com base em uma decisão liminar, determinada por Coelho, Bueno se manteve no cargo. Com a nova decisão do TRE, a liminar perde a validade. Até o momento, porém, Bueno segue exercendo o cargo.

Advogado de Bueno, Thiago Nishimura diz que a defesa vai entrar até hoje com uma ação cautelar no TSE para manter o prefeito na função enquanto o processo tramita em Brasília. Nashimura também está confiante na sequência do processo. "Estamos confiantes de que a decisão [da cassação] será reformada pelo TSE", diz. Segundo ele, não é possível prever uma data para o desfecho da ação. "Não tem como dar uma expectativa, ainda mais por estarmos em um ano eleitoral."

Residência

A Justiça Eleitoral entendeu que houve fraude durante a campanha de Bueno quando a propaganda dele divulgou, supostamente de forma mentirosa, a informação de que Lemos não reside em Cascavel. O programa eleitoral, segundo a Justiça, teria influenciado no resultado das eleições.

A reportagem procurou o deputado Lemos para comentar a decisão, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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