A Companhia de Informática do Paraná (Celepar), empresa vinculada ao Governo Estadual, demitiu quatro servidores de carreira no dia último dia 2 de janeiro, logo após a virada de ano. Três dos trabalhadores moviam ações contra a empresa.
O Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação (Sindpd-PR) considera "arbitrários" os afastamentos por não terem sido precedidos de processos administrativos e a acusa a direção da empresa de perseguir trabalhadores por conta de uma ação judicial movida contra a Celepar, devido à implantação, em setembro do ano passado, de um Plano de Cargos e Salários (PCS).
O caso foi levado nesta quinta-feira (05) ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que agendou uma reunião de conciliação para a próxima segunda-feira (09) para tentar intermediar uma solução. O encontro será às 16h, na sede do MPT, no centro de Curitiba. O pedido de providência foi entregue pela diretora e pelo advogado do sindicato, Valquíria Lizete da Silva e André Passos, respectivamente, ao procurador-chefe do MPT no Paraná, Ricardo Bruel da Silveira.
Valquíria contou que 145 servidores da Celepar entraram na Justiça no mês passado contra o PCS e acredita que as demissões dos quatro servidores sejam uma forma de intimidar o grupo de trabalhadores. "O que nós estamos detectando é que as demissões são totalmente arbitrárias, porque eles estavam com ações contra a empresa. Estamos vendo como uma perseguição política."
Segundo ela, três dos quatro trabalhadores tinham ações contra a Celepar: dois devido ao reenquadramento do PCS e um, por assédio moral. "A um deles não foi nem justificado o motivo. Simplesmente demitiram."
O Sindpd-PR espera que a reunião de conciliação junto ao MPT resulte na reversão das demissões. "Estamos esperando a reintegração desses trabalhadores o mais breve", disse Valquíria.
A Celepar foi procurada para comentar o assunto, mas a assessoria de imprensa informou que a direção da companhia não iria se pronunciar sobre o assunto, por enquanto.
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