Iaras, São Paulo - Um cenário de destruição e depredação foi encontrado na fazenda de plantação de laranja da Cutrale, em Iaras (a 271 km de São Paulo), desocupada ontem pelo MST após decisão de reintegração de posse da Justiça. A propriedade foi palco da destruição de laranjais no começo da semana pelos sem-terra, que se utilizaram de um trator para passar por cima das árvores.

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A reportagem entrou na fazenda após o MST deixar o local. Na frente da casa de um dos funcionários, um poste e um muro foram derrubados com tratores. Apenas uma das nove casas de empregados da Cutrale não foi arrombada. A sede da fazenda também tinha sinais de vandalismo, como pichações e lixo jogado pelo chão.

Famílias de funcionários que moram na fazenda disseram que tiveram objetos furtados. Todos os 28 tratores da fazenda foram danificados (tiveram a bateria e outras peças retiradas), sendo que dois foram desmontados. Quatro caminhões também foram danificados. Os veículos foram pichados com a sigla MST. Defensivos agrícolas foram esparramados pelo chão e pelas paredes. Um computador foi queimado.

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"Levaram DVD, TV, rádio, roupas, calçados, inalador, ferro de passar roupa, o chuveiro e até as lâmpadas e as torneiras", declarou Silvana Fontes, cozinheira e faxineira da sede da fazenda. A reportagem foi à casa dela e viu que a janela apresentava sinais de arrombamento.

Silvana, casada há três meses com um vigilante da empresa, Adriano Feliciano, 30, disse que alguns dos objetos furtados eram presentes de casamento e nem sequer haviam sido tirados das caixas. "No dia em que invadiram, deram duas horas para sairmos de casa."

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