Mesmo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalhando nos bastidores contra a realização de prévias, o presidente do diretório paulistano do PT, vereador Antonio Donato, acredita que o partido só definirá o nome do candidato a prefeito de São Paulo em 27 de novembro, data agendada para a primeira disputa interna. "Tem muita conversa e muita possibilidade de evoluir (para uma indicação única), mas o cenário hoje é de prévia", avaliou o vereador. Nesta manhã, Donato e outros nove vereadores do PT se reuniram com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, para discutir as estratégias do partido para 2012.

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Atualmente, a bancada de 11 vereadores do PT na Câmara Municipal não tem um nome de consenso. O deputado federal Jilmar Tatto tem o apoio aberto de três vereadores; o ministro da Educação, Fernando Haddad, conta com três parlamentares e os outros cinco membros da bancada ainda não declararam sua preferência. Além de Tatto e Haddad, estão dispostos a disputar a sucessão do prefeito Gilberto Kassab o deputado Carlos Zarattini, e os senadores Eduardo e Marta Suplicy. A ex-prefeita lidera pesquisa de intenção de voto divulgada hoje pelo Datafolha. "A pesquisa mostra uma situação muito boa para nós, mas falta muito tempo e as pesquisas mudam. Esse resultado não tira nenhum dos pré-candidatos da disputa", avaliou o dirigente.

Unidade

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Aprovada neste domingo (4), 4, no 4.º Congresso do PT, a diretriz que abre brecha para alianças com partidos de oposição não levará o diretório paulistano a reconsiderar uma futura parceria com o PSD do prefeito Kassab. "O PSD está fora de cogitação. Seria uma esquizofrenia o prefeito Gilberto Kassab apoiar um projeto de oposição ao dele", enfatizou Donato. Para o vereador, a liderança do partido na pesquisa de intenção de voto divulgada hoje não supera a satisfação de ver o índice de aprovação de Kassab atingir apenas 24% do eleitorado. "O mais importante da pesquisa é o Kassab continuar caindo", afirmou.

Após o encontro com Mercadante, Donato acredita que a bancada saiu convencida da importância de atuar pela unidade do PT, com ou sem prévias. "Vamos trabalhar para ter um processo tranquilo e a bancada pode ser fiadora deste processo", disse.