Confira os candidatos nas seis principais cidades do interior
Assim como na capital, nas seis principais cidades do interior do estado, a tendência é que a disputa eleitoral fique polarizada entre dois grupos: o do governador Beto Richa (PSDB) e o do PT, com o apoio da máquina federal.
Calendário
Confira o cronograma da eleição deste ano:
Julho
5 Último dia para partidos e coligações apresentarem à Justiça Eleitoral o registro de candidatos.
6 A propaganda eleitoral passa a estar liberada.
7 Fica proibido aos agentes públicos contratar ou exonerar funcionários e realizar ou comparecer a inaugurações de obras públicas.
13 Prazo para os partidos constituírem seus comitês financeiros.
Agosto
6 Data em que partidos, coligações e candidatos passam a ser obrigados a divulgar relatório financeiro da campanha.
12 Sorteio da ordem de veiculação da propaganda eleitoral.
21 Início do horário de propaganda eleitoral gratuita.
23 Encerramento do prazo para julgamento envolvendo registro de candidatos.
Outubro
4 Último dia para propaganda eleitoral, realização de comícios e debates.
5 Fim da liberação de propaganda eleitoral paga na imprensa.
6 Até as 22 horas, é permitido fazer propaganda eleitoral por meio de alto-falantes, distribuir material gráfico e promover carreatas.
7 Realização do 1º turno, entre 8 e 17 horas.
8 Passado o prazo de 24 horas do encerramento da votação, é possível fazer propaganda eleitoral para o 2º turno.
13 Reinício da propaganda eleitoral no rádio e na televisão onde houver 2º turno.
26 Encerramento do horário de propaganda eleitoral.
28 Realização do 2º turno, entre 8 e 17 horas.
Agora é oficial. Desde o último sábado, estão definidos os candidatos que vão concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em todo o país. No Paraná, afora as disputas locais que marcam cada cidade individualmente, no plano geral o cenário eleitoral deste ano tem um ingrediente principal: as eleições para o governo em 2014.
O pensamento mais adiante ficou evidente nas chapas construídas sob a orientação do governador Beto Richa (PSDB), que tenta desde já pavimentar o caminho para sua reeleição daqui a dois anos. Presidente do PSDB no estado, Richa abriu mão de lançar candidato próprio do partido nas principais cidades paranaenses, como Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Em troca, preferiu abrir espaço para legendas aliadas e fortalecer o grupo político que lhe dá sustentação. O caso mais explícito é o de Curitiba, onde os tucanos não indicaram nem o vice na chapa encabeçada pelo prefeito Luciano Ducci (PSB), numa composição que tem 15 partidos.
Do outro lado, está o grupo do governo federal, capitaneado pelo PT e pelo casal de ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. O objetivo deles é claro: governar o Paraná pela primeira vez na história do partido. Para que isso se concretize em 2014, todas as fichas estão depositadas agora na candidatura do ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), que deixou o PSDB no ano passado depois de quase se eleger senador em 2010, com uma votação esmagadora em Curitiba.
E a eleição de 2014 tem relação direta com o grupo que estará no poder na capital. Afinal, Curitiba tem 1,1 milhão de eleitores 15% dos 7,7 milhões de todo o estado.
Em Curitiba, máquina do estado e do governo federal estarão na campanha
Maior colégio eleitoral do estado, Curitiba terá a eleição mais disputada dos últimos tempos. Pelo grupo do governo do estado, tenta a reeleição o atual prefeito Luciano Ducci (PSB), que terá a seu favor as máquinas do estado e da prefeitura. No entanto, seu principal oponente, o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), contará com todo o apoio do PT nacional para tentar tirar do poder o grupo que comanda a capital há 24 anos.
Correndo por fora, está o deputado federal Ratinho Jr. (PSC), que tem cacife financeiro e bastante popularidade, sobretudo nas classes mais baixas. Sua candidatura, que sofreu inúmeras investidas para não se concretizar, vai deixar a disputa em aberto e, obrigatoriamente, a levará para o segundo turno.
Já no PMDB, maior partido do Paraná, o ex-deputado estadual Rafael Greca conseguiu emplacar sua candidatura depois de sofrer grande resistência dentro da própria legenda. Tendo como principal cabo eleitoral o senador Roberto Requião, Greca, que já foi prefeito, deve centrar foco nos temas infraestrutura e urbanismo.
Além dos quatro, são candidatos por partidos menores Bruno Meirinho (PSol), Alzimara Bacellar (PPL) e Avanilson Araújo (PSTU).
DivididoPSD decide dar tempo de TV a Ducci, mas libera insatisfeitos
Sandro Moser
Após uma longa discussão, que tomou praticamente todo o sábado último dia das convenções partidárias , o PSD decidiu manter o apoio institucional à pré-candidatura do prefeito Luciano Ducci (PSB) à prefeitura de Curitiba. Assim a coligação do prefeito acumula o capital eleitoral que mais cobiçava: o tempo de televisão do novo partido. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, o PSD ganhou o direito a cerca de dois minutos no horário de propaganda eleitoral.
O partido, porém, liberou os insatisfeitos a apoiar quem desejar. Há uma ala do partido que não gostou da indicação de Rubens Bueno (PPS) para vice de Ducci e que passou a defender a candidatura própria na figura do deputado estadual Ney Leprevost depois da decisão do STF. De acordo com filiados do partido, a tendência é que os descontentes se dividam entre os candidatos Ratinho Junior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT).
O presidente estadual do partido, o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD), disse ontem que a decisão foi democrática e acredita que é grande a possibilidade de um entendimento quando a "poeira das convenções baixar". "As lideranças do partido vão trabalhar pela unidade e fortalecimento da legenda", afirmou por meio de nota à imprensa.
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