O cenário favorável que a presidente Dilma Rousseff teve na eleição de 2010 em seis Estados - onde sua vantagem sobre o rival José Serra (PSDB) no 1º turno superou um milhão de votos - dificilmente se repetirá na sua tentativa de reeleição em outubro. Além de Minas Gerais e Pernambuco, onde os prováveis candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) certamente terão votações expressivas, outros Estados, como Bahia, Ceará, Rio e Maranhão apresentam hoje um quadro bastante diverso do que existia quatro anos atrás.

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Em 2010, a Bahia deu 2,7 milhões de votos de vantagem a Dilma. No Ceará, ela conseguiu outros 2,1 milhões. Pernambuco (1,97 milhão), Minas Gerais (1,75 milhão), Maranhão (1,63 milhão) e Rio de Janeiro (1 milhão) completaram o quadro, garantindo-lhe folga de 11,27 milhões de votos sobre o rival. Além disso, aliados de Serra acusaram Aécio - que era candidato ao Senado - de não se empenhar por ele na briga presidencial no Estado. E Campos apoiou o PT em Pernambuco.

PMDB

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Nos outros quatro Estados, o principal problema hoje é a proximidade cada vez maior do PMDB com o PSDB. Na Bahia, a legenda articula uma frente de oposição a Dilma que inclui o DEM. Além disso, o PSB de Campos terá candidatura própria entre os baianos.

No Rio, Sérgio Cabral (PMDB) deu palanque a Dilma em 2010 mas este ano, sem o mesmo prestígio da época, tenta fazer seu sucessor - e, diante da candidatura de Lindhberg Faria (PT), avança nas conversas com o PSDB.

O mesmo ocorre no Ceará, onde o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira quer ser candidato ao governo mas sente-se preterido pelo PT. Assim, tenta também uma aliança ao menos informal com o PSDB de Tasso Jereissati.

No Maranhão, o PT tenta não melindrar o clã Sarney, que ainda está sem um nome forte para disputar a sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB). Mas o diretório regional do PT deve vetar uma aliança com o PMDB.

Em 2010, a eleição foi ao segundo turno e Dilma venceu por 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% de Serra. Para este ano, o ideal para o PT seria liquidar a fatura no 1º turno. O próprio partido avalia que, no 2º, o cenário é menos seguro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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