Gritando "Fora PT", centenas de pessoas se reuniram na tarde deste sábado (15) na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, para protestar contra a corrupção no governo federal, sobretudo na Petrobras, e para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Veja fotos do protesto contra o governo do PT em Curitiba
Movimento foi organizado e convocado pelas redes sociais em várias cidades do país, neste dia 15 de Novembro, dia da Proclamação da República, e pediu o impeachment da presidente Dilma Roussef e o "fim da ditadura comunista comandada por Cuba" no Brasil.
Entre os manifestantes, vestidos, na maioria, de verde e amarelo, era possível identificar adolescentes, estudantes universitários, empresários e idosos. Nos cartazes, frases como "Lula e Dilma, fantoches de Fidel"; "90% do PIB não elegeu Dilma"; e "Não somos apenas 300".
Inicialmente, os participantes fizeram um apitaço na rua André de Barros, em frente à Santa Casa, onde receberam apoio de motoristas que respondiam buzinando os carros. Depois, com a chegada de um carro de som, seguiram para a lateral da praça onde várias pessoas discursaram. Um deles criticou a segurança das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições, alegando que são equipamentos "fabricados na Venezuela para fraudar eleições no mundo todo".
Outros criticaram o sistema de ensino, que estaria doutrinado os estudantes para o comunismo. Seguiram-se elogios à Polícia Federal, pela operação Lava Jato, e ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso.
Os manifestantes, no entanto, criticaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um cartaz dizia: "Tem gente que não acredita em Deus, mas acredita no Toffoli", em referência ao ministro Dias Toffoli, presidente do TSE. Outro dizia "Fora Toffolli".
Imprensa virou alvo
A imprensa também foi muito criticada pelos manifestantes. No caminhão de som, uma das duas únicas faixas dizia: "Imprensa, não somos obrigados a gostar de corrupção". Um dos líderes da manifestação criticou a mídia "que encobre as atividades do Foro de São Paulo" organização internacional que, segundo o material, tem o objetivo de promover o comunismo no Brasil.
Apesar de não estar previsto inicialmente, o grupo se deslocou até a Praça Carlos Gomes e fechou a rua Pedro Ivo, onde fica uma das entradas da Gazeta do Povo. No local, pediram mais cobertura da mídia às manifestações anti-PT.
"Vamos mostrar para a imprensa que somos muito mais que 300", discursou um dos organizadores.
Ao estender na janela uma bandeira vermelha, um morador de um prédio ao lado foi vaiado pelos manifestantes aos gritos de "vai pra Cuba". Uma viatura da Polícia Militar acompanhou de longe o protesto, mas não houve confusão. Após 20 minutos, o grupo retornou à Praça Rui Barbosa.
Manifestantes, do alto de um carro de som, também questionaram o resultado da eleição presidencial e defenderam a realização de uma perícia nas urnas eletrônicas.
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