![Centrais sindicais acusam aliados do Planalto de ‘jogar dos dois lados’ Centrais Sindicais em ato contra a PEC do Teto de Gastos na Avenida Paulista, no dia 11 de novembro . | Roberto Parizotti/CUT](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/11/efe3a5b526ba4f29565bbeff4c88878c-gpLarge.jpg)
Dirigentes de centrais da oposição consideram que tanto a Força Sindical quanto a União Geral dos Trabalhadores (UGT) têm agido de forma dúbia para evitar a perda de apoio na base em função da aproximação com o governo Michel Temer (PMDB). Eles citam como exemplo a reunião entre as entidades para a realização de uma greve geral, programada para sexta-feira passada (11).
Um sindicalista da Central Única dos Trabalhadores (CUT) disse que os presidentes da Força e da UGT chegaram a afirmar que estavam participando da reunião para sinalizar a seus associados que apoiavam o ato, mas informaram na ocasião que não iriam participar, como de fato aconteceu.
Mudanças na Previdência terão de enfrentar cultura do “benefício grátis”
Leia a matéria completaO deputado Paulinho da Força (SD-SP), presidente da Força, afirmou que na reunião ficou definido o dia 25 como o dia do ato nacional pela garantia dos direitos trabalhistas. A data, segundo ele, ficou definida entre diretores de todas as entidades, mas a CUT foi pressionada pela base a antecipar o ato.
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), ligada ao PCdoB, mas com presença também do PDT e PT, disse ao Estadão que o alinhamento da UGT e Força com governo não tem respaldo das bases. “Vamos disputar essas bases. O trabalhador não foi consultado sobre a aproximação da Força e UGT com o governo.” Adilson afirmou que a CTB e as demais centrais também querem manter o diálogo aberto com o governo.
Críticas
Em discurso nas plenárias sindicais da Força, o metalúrgico Miguel Torres, vice-presidente da entidade, subiu o tom contra o governo Temer para evitar uma migração de sindicatos para a CUT.
“Não vamos admitir perda de direitos. O governo precisa tomar algumas providências antes das reformas, como taxar grandes fortunas, lucros e dividendos.” A CUT afirmou que já há migração de sindicatos para a sua base. Paulinho, porém, negou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
Osmar Terra explica como reverter decisão do STF sobre a maconha
-
Relação entre Lula e Milei se deteriora e enterra liderança do petista na América do Sul
-
O plano de Biden para tentar sair da crise: aparentar normalidade e focar em Trump
-
STF julga pontos que podem mudar a reforma da Previdência; ouça o podcast
Deixe sua opinião