Representantes das centrais sindicais apoiaram nesta quarta-tira (26), durante encontro com a presidenta Dilma Rousseff, a proposta de um plebiscito no qual a população possa decidir quais devem ser os temas da reforma política. Apesar do apoio, eles vão manter as paralisações marcadas para o dia 11 de julho, pelos direitos dos trabalhadores.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que também participou da reunião, disse que a presidenta pediu sugestões que possam ser incluídas no plebiscito. "A presidenta, com o apoio que eles deram ao plebiscito, pediu para que cada uma das centrais formulasse propostas, soluções, a fim de que, na elaboração do projeto que enviará ao Congresso, ela possa contemplar a opinião e as propostas das centrais sindicais".

Alguns sindicalistas saíram da reunião insatisfeitos, porque esperavam que a presidenta apresentasse alguma proposta específica para a categoria. "Na nossa opinião, a reunião não deu um passo. Se queremos solução para os problemas colocados nas ruas ou para a pauta que colocamos, é muito importante fortalecer as paralisações e as greves que marcamos para o dia 11 de julho", disse o presidente da Central Sindical e Popular, José Maria de Almeida. O deputado Paulo Pereira (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse que "a presidenta ouviu as centrais e foi embora sem nenhum encaminhamento".

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Na avaliação do presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, no entanto, a presidenta Dilma fez um chamamento para a discussão de saídas para a crise que o país vive, e que as reivindicações dos trabalhadores serão respondidas nas reuniões específicas. Por isso, segundo ele, foram chamadas centrais sindicais que não participam das negociações com o Ministério do Trabalho e Emprego.

"Essa reunião não foi chamada para discutir a pauta dos trabalhadores. Foi para discutir as manifestações e momento político do Brasil. A presidenta disse que é preciso, que nessa discussão, sejam levados em consideração os interesses dos trabalhadores organizados", disse Freitas, reforçando que as centrais se juntarão no dia 11 de julho para reivindicar melhorias aos trabalhadores.