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O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), rebateu nesta segunda-feira (12) críticas das centrais sindicais ao candidato tucano à sucessão presidencial, José Serra. O PT divulgou no sábado um manifesto elaborado por cinco centrais que acusa o tucano de "impostura" e "golpe contra os trabalhadores" por se dizer autor de iniciativas trabalhistas como a criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do seguro-desemprego. O presidenciável tucano apresentou-se em programas partidárias de aliados, que foram ao ar na TV, como criador das iniciativas.

"Quando as centrais falam de política, elas são evidentemente palanques, aparelhos do PT. É o PT falando", afirmou Guerra, ao chegar no comitê de Serra, na capital paulista, onde se reúne com a coordenação de campanha. Para o presidente do PSDB, o documento elaborado pelas centrais é "parcial" e sem fundamento, mas não surpreende os tucanos. "Não há novidade nenhuma. Surpreendente seria se as centrais sindicais dessem uma palavra a favor de Serra", criticou. "Isso é uma ação defensiva da campanha da Lula, quer dizer, da Dilma (Rousseff). Que, na falta do que fazer, fala isso", disse o tucano, confundindo o nome da candidata do PT à sucessão presidencial com o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Questionado se reiterava essas credenciais de Serra, Guerra respondeu: "O Serra ajudou em tudo isso. E muito. Eu não estava no Congresso (quando Serra legislou em favor das medidas), mas logo em seguida eu cheguei lá", disse o tucano. "Serra teve um papel relevante em vários assuntos na questão sindical e sempre de forma positiva. Eu tenho depoimentos de muita gente, do meio sindical, que diz isso."

Guerra desafiou ainda os dirigentes sindicais a mostrarem o que Dilma fez pelos trabalhadores. "Eles estão apoiando a Dilma por quê? Quando, onde, em que circunstâncias, em que momento Dilma deu apoio à luta dos trabalhadores? Eu nunca ouvi falar e tenho certeza de que ninguém ouviu falar, nem as centrais sindicais."

No documento divulgado pelo PT na internet, o grupo de cinco centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, CGTB e Nova Central) nega que Serra seja autor tanto do FAT quanto do seguro-desemprego. De acordo com as centrais, o seguro-desemprego foi criado pelo decreto presidencial número 2.284, de 10 de março de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. Já o FAT foi criado pelo Projeto de Lei número 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS).

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