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As centrais sindicais se dividem em relação à manifestação que a CUT, o MST e outros movimentos sociais fazem nesta sexta-feira (13) em várias capitais do país.

Apesar de formalizarem apoio ao ato, assinando um manifesto em que entidades defendem os direitos dos trabalhadores, a Petrobras, a democracia e a reforma política, três centrais sindicais --CSB, Nova Central e UGT-- não mobilizaram militantes para participar do ato em São Paulo, segundo declararam seus dirigentes.

A inclusão do nome da UGT no documento causou inclusive polêmica entre os dirigentes da entidade. Desde quinta-feira, uma nota foi publicada em seu site, informando que não participaria do protesto marcado para esta sexta em frente à sede da Petrobras, na avenida Paulista.

O documento, assinado por Canindé Pegado, secretário-geral da central, diz que “a UGT é uma central sindical pluralista, que representa mais de 1.200 sindicatos de todas as categorias de trabalhadores, cujos dirigentes seguem o princípio de um sindicalismo cidadão, ético e inovador.”

Francisco Pereira de Sousa Filho, integrante da direção nacional da UGT, ressalta que não é objetivo da central defender um ato “cujo objetivo parece ser pró-governo”.

Das seis centrais reconhecidas pelo governo, a Força Sindical optou em não participar do ato nem do documento. A avaliação feita é que a manifestação da CUT poderia ser um “tiro no pé”.

“Como subir no palanque e não cobrar do governo Dilma as medidas que prejudicam o trabalhador? Ao se contrapor ao ato que pedirá no domingo o impeachment da presidente, esse o protesto da CUT pode virar um tiro no pé e potencializar ainda mais esse tipo de manifestações contra a presidente”, diz Sergio Luiz Leite, dirigente da Força Sindical.

Essa mesma avaliação já havia sido feito por integrantes do governo federal, segundo mostrou reportagem da Folha de S.Paulo.

‘Nem um nem outro’

Miguel Torres, que comanda a Força Sindical, afirma que a entidade também não vai participar da manifestação prevista para domingo, convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e outras entidades.

“Não há orientação nesse sentido. Somos a favor da democracia. As seis centrais já estavam discutindo uma agenda em comum, tanto para fazer protestos no Congresso como outros pelo país”, disse Torres. “O ato da CUT foi feito para se contrapor ao de domingo.”

Entre as cinco centrais que assim o documento, a CTB foi a única que informou que iria mobilizar seus sindicatos associados para os atos previstos para 24 capitais, segundo informou Adílson Araújo, presidente da entidade.

Desde a semana passada, o presidente da CUT, Vagner Freitas, vinha afirmando que o ato seria em defesa de direitos trabalhistas e contra medidas do ajuste fiscal que poderiam afetar

No ato que acontece nesta sexta-feira, entretanto, várias faixas e militantes protestam “contra os golpistas”, em referência ao ato previsto para o dia 15.

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