O Palácio Iguaçu, junto ao conjunto arquitetônico do Centro Cívico, está em processo de tombamento. A finalização do processo, prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2007, é uma garantia de que todas as obras de restauro realizadas no edifício seguirão critérios técnicos rigorosos. A informação é da chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, Rosina Coeli Alice Parchen.
Segundo Rosina, o processo de tombamento do Centro Cívico foi aberto em 2003, em comemoração aos 150 anos da emancipação política do Paraná. A coordenadoria está fazendo a instrução, que deve ficar pronta em março ou abril do ano que vem, e em seguida passar pelo crivo do Conselho Estadual do Patrimônio Público. "O tombamento é um reconhecimento do valor histórico-arquitetônico do conjunto da obra", diz Rosina. Segundo ela, é muito comum encontrar "surpresas" quando se iniciam obras de restaurações em edifícios, e por isso o custo total geralmente ultrapassa a previsão inicial.
De acordo com a professora de História da Arquitetura e Urbanismo Josilena Maria Zanello Gonçalves, da UFPR, o Palácio Iguaçu foi inaugurado em dezembro de 1954. O projeto foi feito pelo arquiteto David Xavier de Azambuja e fazia parte do conjunto do Centro Cívico, projetado pelo arquiteto Alfred Agache uma década antes.
Josilena, que todos os anos acompanha estudantes para visitar o edíficio, diz que ele recebeu poucos cuidados até hoje. "Houve um descaso muito grande, em se tratando de um palácio de governo e de um exemplar muito importante de arquitetura moderna em Curitiba", afirma. Para ela, a restauração do Palácio Iguaçu deve buscar o uso de materiais semelhantes aos originais. Ela também diz que é importante preservar o edifício durante a obra e o painel do artista Humberto Cozzo, no hall de entrada. (RF)
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