A energia elétrica em imóveis do Centro de São Paulo, que estavam sem luz desde a noite de quarta-feira (14) por conta da chuva, foi restabelecida por volta das 6h30 desta quinta-feira (15), informou a Eletropaulo.
O problema teria sido causado pelo acúmulo de lixo nas câmaras subterrâneas, que provocou superaquecimento e falha em um dos cabos de distribuição. Casas e lojas dos bairros Consolação, Bom Retiro, Santa Cecília, Santa Ifigênia, Cerqueira César e Bela Vista foram atingidas pelo apagão.
Os hospitais Samaritano e Santa Cecília, que ficam na região, funcionaram normalmente durante a noite, com geradores próprios e, de reserva, equipamentos oferecidos pela Eletropaulo.
A escuridão favoreceu a ação de criminosos. Uma farmácia da Avenida Angélica foi assaltada por dois homens, que fugiram a pé pelas ruas do bairro. Segundo a Polícia Militar (PM), o policiamento no local foi reforçado depois do crime.
Por conta da forte chuva, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) colocou toda a capital paulista em estado de atenção por volta das 15h de quarta-feira. Somente às 19h40 o alerta foi retirado, quando a chuva ficou fraca. Foram registrados 32 pontos de alagamento durante o dia. Aeroporto
A pista principal do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, foi fechada duas vezes na quarta-feira por causa da chuva. A primeira interdição foi das 16h26 às 18h03 e a segunda, das 19h36 e 19h54.
Como a pista auxiliar está fechada para reformas, todos os pousos e decolagens foram cancelados durante esses períodos, congestionando o aeroporto. Segundo um balanço da Infraero, às 22h, havia 57 vôos atrasados em Congonhas, 19,1% dos 298 programados para o dia.
Com os transtornos, o aeroporto funcionou uma hora a mais, e só fechou às 1h30 desta quinta-feira (15). Nesta manhã, a situação em Congonhas já havia se normalizado. Segundo a tabela da Infraero mostrava às 7h, não havia partidas atrasadas e quatro chegadas registravam uma hora ou mais de atraso desde as 5h30.
Trânsito
Às 19h, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou recorde de trânsito no ano para o horário - havia 160 km de lentidão na cidade - a média para o horário é de 96 km.
A Rodovia Régis Bittencourt ficou alagada na altura do km 278, sentido São Paulo, na região de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, por volta de 18h30, o que causou congestionamento, já que apenas a faixa da esquerda estava liberada para os veículos.
A Ecovias bloqueou durante cerca de uma hora o trecho de planalto da Rodovia Anchieta, no km 13, em ambos os sentidos. As pistas ficaram fechadas entre 17 e 18h devido ao transbordamento do Ribeirão dos Couros, na altura de São Bernardo do Campo, no ABC. O tráfego teve de ser desviado para as pistas marginais.
A chuva forte alagou a região do Terminal Sônia Maria, em Mauá, também no ABC. Ônibus das três linhas municipais e intermunicipais ficaram impedidos de entrar e sair do local. Os municípios de Santo André e São Caetano também foram atingidos pela chuva forte.
Resgate
A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, foi atingida por uma chove forte acompanhada de raios e trovões. A Avenida 23 de Maio e os bairros de Vila Mariana e Ipiranga, todos na Zona Sul da capital, além da Vila Prudente e São Mateus, na Zona Leste, também foram atingidos pelo temporal.
Alguns moradores tiveram de ser resgatados em um ponto de alagamento na região do Sacomã, na Zona Sul, onde a água atingiu um metro de altura.
Um carro ficou submerso próximo ao Metrô Ana Rosa, na Rua Guimaraes Passos, também na Zona Sul. Um barranco caiu sobre uma residência na Avenida Ragueb Chofi, número 6443, na Cidade Tiradentes, na Zona Leste. Não houve vítimas.
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