"São dez minutos para chegar ao paraíso", anunciam os panfletos fartamente distribuídos pela Rua da Carioca, no Centro do Rio. Na área em que, até há bem pouco tempo, a sexualidade era restrita apenas ao combalido Cine Íris, na forma de filmes pornôs de baixa categoria e de shows de strip-tease, a moda agora são as casas de "fast-sex" - sexo rápido, ao pior estilo das redes de refeição da qual pegam emprestado o apelido, segundo reportagem publicada no jornal "O Globo" deste domingo. E o grande movimento acontece na hora do almoço.
O preço do serviço chama a atenção. Sem serem incomodados pelas autoridades - a prostituição em si não é crime no Brasil, mas o lenocínio (exploração de mulheres), sim - existem hoje no Centro pelo menos 30 pontos onde o sexo é oferecido a um real por minuto, por no mínimo dez minutos. O pagamento pode ser feito à vista, em dinheiro, ou por meio de cartões de débito, dependendo do grau de automação da casa. Cheques, jamais. O número de prostitutas em cada um dos pontos varia entre cinco e dez, mas é impossível chegar a uma conta exata, uma vez que esse total varia semanalmente.
Todos os estabelecimentos funcionam em sobrados ou pequenos prédios antigos, nos quais a freguesia se esgueira pelas escadas, de andar em andar, das 10h às 19h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. A prostituição a preços promocionais se estende da Rua da Carioca até a Senhor dos Passos, passando pelas ruas do Rosário, Uruguaiana, do Ouvidor, Sete de Setembro, Buenos Aires e Gonçalves Dias, segundo levantamento feito pelo jornal "O Globo". Graças às portas abertas dos apartamentos retalhados em minúsculos cômodos, os clientes podem escolher as profissionais do sexo.
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