A Polícia Militar estimou que cerca de 30 mil participantes da "Marcha das Margaridas" ocupam neste momento a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Por volta de meio-dia, as manifestantes voltam ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, no centro, para a assembléia final do movimento. O Palácio do Planalto confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ao encontro das militantes.
O movimento defende o combate à pobreza, à fome e à violência sexista. A coordenadora de Mulheres, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmem Foro, lembrou que esses são problemas muito antigos e não é admissível que as mulheres ainda sejam as mais atingidas.
Ela afirmou que Lula "já sabe das reivindicações" e que o movimento "só está aqui para reafirmá-las". No documento que as manifestantes pretendem entregar ao governo constam reivindicações de direitos previdenciários, acesso à água, à terra, à segurança alimentar e à igualdade de gênero.
A Marcha das Margaridas recebeu esse nome em memória de Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada em 1983, a mando de fazendeiros de Alagoa Grande (PB). Até hoje ninguém foi punido.
A marcha é organizada pela Contag e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e conta com a parceria do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Redelac) e Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam).
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