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O vereador João Cláudio Derosso (PSDB) prestou depoimento à CPI que investiga os contratos de publicidade da Casa | Marcelo Elias/Agência de Notícias Gazeta do Povo
O vereador João Cláudio Derosso (PSDB) prestou depoimento à CPI que investiga os contratos de publicidade da Casa| Foto: Marcelo Elias/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada basicamente por aliados do PSDB, o presidente licenciado da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), pouco foi confrontado durante o depoimento prestado na Casa na noite desta quarta-feira (23). Com isso, o vereador aproveitou a oportunidade para destacar os feitos realizados ao longo dos 15 anos como presidente da Câmara.

A vereadora Nely Almeida (PSDB) abriu mão das perguntas a Derosso e preferiu ressaltar o trabalho dele na Casa. "Derosso era tão competente que, quando a gente ia escolher um presidente, a gente apenas concordava. Essa é uma realidade", disse.

O depoimento de Derosso ocorre após ele ter se afastado da presidência da Câmara por 90 dias. A decisão teria sido motivada pela decisão do Ministério Público de entrar com ação de improbidade administrativa contra Derosso. A ação incluía um pedido liminar de afastamento do vereador da presidência da Câmara e o bloqueio de seus bens.

O presidente da Câmara está sendo investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas por supostas irregularidades nos contratos de publicidade formados com as empresas Visão Publicidade e Oficina da Notícia, a última de propriedade da mulher dele, a jornalista Cláudia Queiroz Guedes.

Paulo Salamuni (PV) e Pedro Paulo (PT) foram os mais incisivos nos questionamentos feitos a Derosso. A todo momento o presidente licenciado destacava que as contas da Casa foram aprovadas pelo Tribunal de Contas (TC) e disse que as denúncias surgiram misteriosamente a pouco mais de um ano das Eleições de 2012, da qual ele era cotado para ser candidato a vice-prefeito de Curitiba.

Derosso admitiu que era o gestor dos contratos firmados pela Câmara, mas ressaltou que essa verba sempre foi gerida pelo presidente, antes mesmo de ele ser vereador. O presidente licenciado chegou a considerar esse fato um "erro de administração".

Câmara em Ação

Sobre o Câmara em Ação, jornal suspeito de ser fantasma e ter o valor - R$ 18,3 milhões – superfaturado, Derosso destacou que o informativo existia e que a presidência acompanhava a circulação do material nos primeiros anos. O vereador ainda levou um exemplar ao plenário para provar a existência do informativo.

Derosso negou que houvesse qualquer determinação, por parte de vereadores e funcionários, na veiculação das notícias da Câmara. Ele garantiu que a empresas responsáveis pelas publicações decidiam o que seria noticiado.

O presidente licenciado da Câmara continuava respondendo as perguntas dos jornalistas às 21h45, quando o depoimento atingiu três hora de duração.

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