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O ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, os empresários Mário Goes, Guilherme Esteves e Adir Assad, apontados como operadores do esquema de corrupção na estatal, além do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, se calaram nesta segunda-feira (11) em depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba.

Durante a sessão, o advogado de Baiano, David Teixeira, bateu boca com parlamentares, alegando que eles estariam “falando” pelo depoente. A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) chegou a pedir a prisão do advogado. Mais tarde, Teixeira interveio novamente quando o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) perguntou se o réu tinha mãe. No final da sessão, Teixeira foi pedir desculpas ao deputado Onyx Lorenzoni (DEM), que não aceitou.

Terceiro a ser ouvido na sessão em Curitiba, Cerveró se limitou a dizer que estava em férias em Londres, em janeiro, quando soube da prisão e preferiu retornar ao Brasil para prestar esclarecimentos. Incomodado, o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) perguntou, rindo, se o ex-diretor da Petrobras era o Papai Noel. Cerveró respondeu que iria ficar calado.

Em todos os casos em que os depoentes permaneceram em silêncio, os parlamentares insistiram em fazer as perguntas. Quando da oitiva do empresário Mário Goes, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB), propôs a liberação do réu, visivelmente com saúde debilitada, mas não teve o aval de alguns membros da comissão. “Ele não pode falar, mas tem muito a ouvir”, disse o deputado Izalci (PSDB). Goes respondeu apenas que tinha 74 anos e quatro filhos.

Vaccari

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI da Petrobras, afirmou nesta segunda-feira (11) que vai comunicar à Justiça Federal sua incompatibilidade de testemunhar a favor do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. “Foi um erro o advogado do Vaccari me indicar como testemunha. Vou comunicar a Justiça essa incompatibilidade. A CPI investiga e não cabe a quem faz parte de uma comissão ser testemunha de um investigado”, declarou Sérgio. Vaccari é acusado de ser um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras. O desembargador Newton Trisotto, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta segunda pedido de habeas corpus do ex-tesoureiro.

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