O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró fechou um acordo de delação premiada depois que sua defesa entregou evidências de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), tentou, em conluio com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, fazer com que ele não firmasse colaboração com a Justiça. Delcídio e Esteves foram presos pela Polícia Federal nesta manhã.
O filho de Cerveró, Bernardo, entregou aos investigadores imagens de Delcidio oferecendo vantagens a Cerveró para que ele não fizesse delação.
O acordo foi firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolver políticos de foro privilegiado e também cita a presidente Dilma Rousseff ao afirmar que ela sabia dos esquemas envolvendo a Petrobras como integrante do conselho da estatal.
Esta foi a terceira rodada de negociações entre Cerveró e os procuradores no sentido se firmar um acordo de delação.
As primeiras conversas conheceram por volta de agosto, quando ele falou sobre a compensação do contrato de um navio-sonda da Schaihin para quitar uma dívida de campanha com o PT. Cerveró também havia citado em um dos anexos que Delcidio ganhou propina na venda da refinaria de Pasadena. Na época, porém, os procuradora não consideravam o ex-diretor um figura “confiável” e o viam como um “jogador”.
A saúde emocional abalada, com oscilação de humor e visitas semanais de psiquiatra, com medicação, também levantou questionamento.
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