delator movimentou R$ 220 mi
O lobista Mário Góes, um dos delatores da Operação Lava Jato, entregou à Justiça Federal documentos que podem corroborar as declarações feitas em seu acordo de colaboração premiada. Mário Góes é apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras, cota do PT na estatal. O executivo anexou aos autos do processo que responde por corrupção e lavagem de dinheiro o cartão de abertura da offshore Maranelle Investments S.A., titular da conta na Suíça que, segundo as investigações, teria movimentado R$ 220 milhões, entre 2003 e 2014, de propinas pagas por empresas que tinham negócios com a Petrobras.
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró começou a negociar na quinta-feira (6) acordos de delação premiada para falar sobre o envolvimento dele no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Na Polícia Federal (PF), Cerveró disse que está disposto a revelar detalhes da compra da usina de Pasadena, nos Estados Unidos, na qual a Petrobras teve prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão. Ele não deve citar o nome da presidente Dilma Rousseff, que na época da compra de Pasadena era presidente do Conselho de Administração da estatal.
Cerveró vai depor também sobre a compra das sondas na Samsung, da Coreia, e deve dar nomes de quem se beneficiou com propinas no negócio.
Preso desde novembro sob acusação de participar de desvios na Petrobras, Cerveró já foi condenado a cinco anos de prisão, em regime inicialmente fechado, e a pagar multa de R$ 543 mil pelo crime de lavagem de dinheiro. A decisão foi proferida em maio pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato.
Caso firme o acordo de delação, a expectativa é de que ele venha a ter redução de outras penas que venha a ser condenado.
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