Ao dar posse a César Borges como novo ministro dos Transportes na manhã desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que está reforçando a participação do PR na coalizão de seu governo.
"O César Borges consolida a participação do Partido da República na nossa coalizão de governo, o que para nós é muito importante. E o faz de forma extremamente qualificada", disse a presidente, lembrando que a parceria com o PR começou ainda em 2002, quando José Alencar concorreu às eleições presidenciais como vice de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ex-governador da Bahia, ex-senador e atual vice-presidente do Banco do Brasil, César Borges assume no lugar de Paulo Sérgio Passos, no cargo desde julho de 2011 e, apesar de filiado ao PR, era considerado uma escolha técnica da própria presidente e não da legenda.
Dilma anunciou que encaminha ainda nesta quarta-feira ao Senado o nome de Passos para a direção da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
"Quero dizer ao Paulo Sérgio que se vai para uma nova função e para o César Borges que chega para uma outra função dentro do governo que, com esse time consolidado e reforçado, nós consigamos fazer mais e melhor. Desejo também, além de boa sorte, a esses meus dois companheiros de trabalho e de equipe, uma vida cheia de esforços, cheia de preocupações e decisões", disse Dilma para uma plateia repleta de congressistas.
Passos virou ministro depois que Alfredo Nascimento, atual presidente nacional do PR, deixou os Transportes em meio a uma avalanche de denúncias de irregularidades envolvendo funcionários da pasta.
Nascimento foi o segundo ministro a deixar o cargo no governo Dilma sob suspeita de corrupção --o primeiro foi Antonio Palocci. A saída dele marcou o início da chamada "faxina ética" promovida pela presidente no primeiro ano de mandato.
Agora, Dilma reabilita quem ela própria excluiu da Esplanada. Apesar de César Borges ser um nome da presidente e não a primeira opção do PR, a legenda avalia estar contemplada com a nomeação.
Foi acordado que o PR terá o poder de indicar cargos de direção e de interferir nas políticas da pasta, cujo orçamento autorizado para o 2013l é de R$ 10 bilhões.
A presidente também trouxe de volta o PDT de Carlos Lupi, que também deixou o cargo de ministro do Trabalho depois de denúncias de corrupção. Há duas semanas, ela nomeou Manoel Dias, do grupo de Lupi, para o Trabalho.
As mudanças de Dilma no primeiro escalão do governo estão diretamente relacionadas às eleições de 2014. Lançada à reeleição pelo ex-presidente Lula, a presidente tenta manter em seu palanque legendas aliadas.
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