Pouco depois de o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, anunciar seu parecer favorável à instalação da CPI do Apagão Aéreo, a oposição ganhou mais um argumento na tarde desta terça-feira. A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou a instauração de mais uma sindicância contra sete dirigentes da Infraero suspeitos de irregularidades na contratação do programa Advantage V.2, que gerencia a comercialização de espaços publicitários nos aeroportos. A venda dos anúncios estava sendo feita sem licitação e a estatal não tinha controle sobre o faturamento.
A CGU já constatou que o processo de contratação do programa apresentou falhas graves, em desrespeito à Lei nº 8.666/93, que rege as licitações. A CGU descobriu que simplesmente não estava sendo feita licitação para ocupação dos espaços e que a Infraero não dispõe de qualquer mecanismo de gerenciamento da comercialização dos pontos de mídia. De acordo com a auditoria, a estatal nunca teve nenhum tipo de controle sobre a renda obtida da utilização dos espaços. O Advantage V.2 é fornecido pela FS3 Comunicação e Sistemas Ltda.
Além da sindicância determinada nesta terça-feira, a CGU conduz outros três processos na Infraero, dois deles contra o diretor financeiro da empresa. O terceiro é uma sindicância que apura irregularidades na renovação de contrato de concessão da área onde está localizado o posto Shell, no aeroporto de Brasília, na qual estão envolvidos cinco empregados da empresa.
Em março, quando a primeira parte dos trabalhos de auditoria foi concluída, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, pediu a participação da Polícia Federal nas investigações.
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