Após denúncias de irregularidades em obras e contratos do Ministério dos Transportes, a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou nesta segunda-feira (4), por meio de nota, que fará uma auditoria "aprofundada" nas licitações realizadas pela pasta. De acordo com a CGU, a ordem de abrir investigação foi da presidente Dilma Rousseff.
"A Controladoria-Geral da União (CGU) inicia hoje, por determinação da presidenta Dilma Rousseff e solicitação do Ministério dos Transportes, um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias recentes sobre irregularidades no âmbito do Ministério dos Transportes e órgãos a ele vinculados", diz a CGU.
A auditoria acontecerá após reportagem da revista "Veja", que publicou que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
Na nota, a CGU afirma ainda que o Ministério dos Transportes possui um "histórico" de irregularidades, mas tem demonstrado "esforço de melhoria" nos últimos anos.
"Apesar do histórico de irregularidades na área, de conhecimento público, que remonta ao antigo DNER, antecessor do atual DNIT, a CGU pode testemunhar o esforço de melhoria que vem tendo lugar, nos últimos anos, na gestão da autarquia, do que é claro reflexo a redução do número de obras sob responsabilidade do DNIT com paralisação recomendada pelo TCU, a cada ano: de 40 obras em 2007 para nenhuma obra do Ministério dos Transportes (incluindo o DNIT) este ano."
De acordo com a CGU, de 2009 a 2011 foram instaurados pela controladoria 18 processos administrativos disciplinares e sindicâncias para apurar supostas irregularidades cometidas por 30 dirigentes e servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes.
Além disso, de acordo com a CGU, o próprio Ministério dos Transportes instaurou outros 150 procedimentos de investigação no mesmo período, sendo 66 referentes ao DNIT.
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