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Lava jato

Policial federal distribuiu R$ 16,9 milhões

Tabela apreendida pela Polícia Federal em um escritório do doleiro Alberto Youssef, um dos chefes do esquema investigado na Operação Lava Jato, indica que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, fez ao menos 31 entregas de dinheiro vivo entre 2011 e 2012. O valor distribuído chegou a R$ 16,9 milhões. Careca é apontado pelos investigadores como um dos "carregadores de malas" do doleiro. Conforme a tabela, no período que vai de junho de 2011 a dezembro de 2012, o policial federal transportou R$ 13.042.800 pelo país, fora valores em moeda estrangeira: US$ 991.300 (R$ 2.667.885) e 375 mil euros (R$ 1.190.587). As viagens continuaram em 2013.

Em resposta encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU) na última quinta-feira, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, decidiu manter os cálculos apresentados pelo órgão de controle referentes ao prejuízo ocorrido à Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena (EUA).

Um ofício também foi encaminhado ontem à estatal pela CGU, reforçando que todas as medidas devem ser adotadas com vistas ao ressarcimento do prejuízo.

No último dia 16 de dezembro, a CGU divulgou resultado da auditoria relativa à compra da refinaria de Pasadena que apontou um valor superior ao considerado "justo" de US$ 659,4 milhões. A compra da refinaria foi feita em duas fases: os primeiros 50%, em 2006, e os 50% remanescentes, em 2008. Após a publicação do relatório, o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, cobrou da CGU informações sobre como o órgão de controle chegou ao valor do prejuízo, uma vez que a auditoria julgada pelo tribunal em julho apontou que o montante seria de US$ 792 milhões.

"A CGU esclarece que a diferença levantada por sua auditoria em relação ao apontado pelo TCU se deve, em parte, pela diferença de escopo entre os itens analisados pelos dois órgãos e também pelo fato de que algumas justificativas da Petrobras foram consideradas pela CGU e podem não ter sido consideradas pelo TCU", diz a CGU, em nota.

Estatal confirma envolvimento de ex-diretores

A Petrobras confirmou o envolvimento de dois de seus ex-diretores em irregularidades nos processos de contratação de obras referentes ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Em ofício encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal apontou que suas auditorias internas confirmaram as responsabilidades dos ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços).

O comunicado é uma resposta da estatal a questionamentos feitos pela própria CVM em relação ao envolvimento de executivos da Petrobras no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

"Cabe esclarecer que em relação aos dirigentes da Companhia, o relatório da Comissão aponta especificamente responsabilidades dos ex-diretores de Abastecimento e de Serviços", informou o comunicado.

As diretorias eram ocupadas, à época da definição dos contratos do Comperj, por Costa e Duque, ambos investigados na Lava Jato.

Segundo a Petrobras, foi instaurada uma Comissão Interna de Apuração no dia 25/04/2014 para "avaliar os procedimentos de contratação para implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)". Os resultados da auditoria foram encaminhados, em novembro, para a Polícia Federal do Paraná, Ministério Público Federal do Paraná, Controladoria Geral da União (CGU), além da própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informa o comunicado.

A defesa de Duque nega as acusações.

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