Cotado para assumir um ministério no governo Dilma, o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) é investigado pelo Ministério Público de São Paulo pos suspeita de corrupção, enriquecimento ilícito e superfaturamento de contratos públicos. A informação foi divulgada na edição de sábado do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, as investigações partem de quatro depoimentos do analista de sistemas Roberto Leandro Grobman, que diz ter sido assessor informal de Chalita na época em que ele foi secretário da Educação de São Paulo, entre 2002 e 2006.
Grobman trabalhou com o grupo educacional COC e nos depoimentos afirma ter sido indicado para se aproximar de Chalita para conquistar negócios para o grupo. O analista diz que a empresa pagou despesas do então secretário, como a locação de aviões e helicópteros, viagens, presentes e uma reforma feita num apartamento do peemdebista em São Paulo.
Segundo a reportagem, o analista de sistemas afirmou em depoimento que Chalita cobrava 25% de propina sobre o valor dos contratos que assinava com fornecedores da secretaria. O deputado, na época secretário de Educação, chamava esse percentual de "golden number" número dourado em inglês.
Outro lado
Principal aposta do PMDB para o governo do São Paulo nas eleições de 2014, Chalita nega todas as acusações. De acordo com a reportagem da Folha de S.Paulo, o deputado afirmou por meio de nota que os depoimentos de Roberto Leandro Grobman visam atingir a sua imagem.
"Por que estas denúncias surgem dez anos depois de eu ter deixado a Secretaria da Educação da gestão Geraldo Alckmin? Qual o interesse desse senhor e quais são as provas de suas acusações? Isso faz parte do jogo de dossiês, que surgem em momentos estratégicos, para atingir a imagem de quem trabalha por este país e tem compromisso com a ética", disse o parlamentar.
O empresário Chaim Zaher, dono do grupo COC na época em que Chalita era secretário, também negou as acusações. Por meio de nota, ele afirmou ser vítima de "perseguição" do ex-colaborador.
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