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Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, e seu colega, o menor R. A, de 17 anos, foram encontrados pela polícia tomando cerveja e vinho para comemorar a fuga da Fundação Casa (ex-Febem) no início da noite desta quarta-feira. O delegado titular do 8º distrito policial, Virginio Neto, disse que a polícia chegou à casa em que eles estavam escondidos em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, às 2h da madrugada desta quinta.

A tia de criação do menor que fugiu com Champinha, Rosana Arruda, de 37 anos, disse à polícia que as bebidas - cerveja e vinho - eram para comemoração de um aniversário. Mas a polícia não acreditou na história.

- Eles chegaram à casa e isso foi motivo de comemoração - disse o delegado.

Segundo o delegado, o menor disse a sua tia que estava em liberdade assistida e apresentou Champinha como Marcelo. Rosana, no entanto, viu as reportagens na televisão sobre a fuga e acabou pressionando o menor para contar a verdade. Na casa estavam, além de Rosana, dois adultos e outros dois menores. A polícia chegou ao local por meio do irmão de Champinha, Juvenal Alves Cardoso, que prestou depoimento á polícia nesta tarde.

O juiz Trazíbolo José Ferreira da Silva, da Vara de execuções da infância e Juventude, deve decidir o destino de Champinha nesta tarde. O governo paulista e a Fundação Casa querem que Champinha seja transferido para a Casa de Custódia de Taubaté. Para o promotor Wilson Tafner, a medida é ilegal e imediatista. Segundo ele, na Casa de Custódia, só podem ficar pessoas que foram condenadas criminalmente. Champinha foi detido aos 16 anos pela morte de Felipe Caffé e Liana Fridenbach, Menor de idade, ele poderia ficar na Febem apenas por três anos, prazo fixado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O governo já havia sugerido a transferência de Champinha para Taubaté, mas o pedido foi negado.

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