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Em depoimento na CPI do apagão aéreo da Câmara, o chefe do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), major brigadeiro Ramon Borges Cardoso, confirmou que o órgão vem alertando o governo, nos últimos planos de previsão orçamentária, para a necessidade de maior aporte de investimentos para evitar o caos aéreo que acabou acontecendo no ano passado e início deste ano. Segundo o brigadeiro, além do contigenciamento orçamentário para o órgão de R$ 83 milhões em 2003, R$ 61 milhões em 2005 e R$ 1,2 mihão em 2006, há um total de R$ 364 milhões do Fundo Aeroportuário retidos nos últimos anos. Agora há uma previsão de que esses recursos retidos sejam liberados nos próximos três anos.

Ramon Cardoso confirmou também a existência de um relatório, feito há quatro anos, e em todos os anos nas pré-propostas orçamentárias, alertando que se não houvesse um maior aporte de recursos haveria atrasos e congestionamento nos aeroportos e maior tempo de espera das aeronaves em solo. Ele disse também que houve cancelamentos de vôos internacionais fretados, o que de certa forma teve reflexos negativos no transporte de cargas, de passageiros e no turismo em geral.

- O que colocamos foi a dificuldade (atraso) na implantação do sistema. O que acarretou atraso na saída de aeronaves, congestionamento de vôos. Para não afetar a segurança é que seguramos as aeronaves no chão - explicou Ramon Cardoso.

Ele confirmou também ocorrências de alvos falsos - aeronaves fantasmas - nas telas dos radares dos controladores de vôos, principalmente no Cindacta IV, de Manaus. Com esse tipo de ocorrência, os controladores perdem tempo monitorando aeronaves que na verdade não existem, confundindo o controle. Segundo ele, nesta semana foi enviada uma equipe de técnicos para Manaus a fim de cuidar dos reparos de sujeira nas telas de controle.

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