Os empresários de rádio lançaram ontem uma campanha para pressionar a Câmara a votar, antes da Copa do Mundo, o projeto de lei que flexibiliza o horário do programa "Voz do Brasil", que há 79 anos é transmitido de segunda-feira a sexta-feira, das 19 às 20 horas. Pelo projeto, as emissoras poderiam começar o noticiário às 20 ou 21 horas. A proximidade das eleições é a principal barreira para a aprovação da proposta, avaliam empresários. A disputa por um horário cada vez mais nobre do rádio, momento em que ouvintes voltam do trabalho e de caos no trânsito, envolve de um lado os donos de 4.619 rádios comerciais e de outro parlamentares que ainda têm na Voz do Brasil um espaço de divulgação do trabalho ou que pertencem a legendas de esquerda, setor tradicionalmente contra a mudança. As peças publicitárias para rádio, TV e internet destacam que um terço dos 64 jogos do mundial ocorrerá no atual horário da Voz do Brasil. O governo pretende flexibilizar o horário só durante a Copa.
E a maconha?
A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai agendar audiências para debater a possibilidade de regulamentação da maconha no Brasil. Entre as pessoas que os senadores querem ouvir estão o presidente do Uruguai, José Mujica; o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o médico e pesquisador Dráuzio Varela; e o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis.
Pela causa
Um movimento que reúne adeptos ou simpatizantes da causa LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) pretende eleger ou apoiar diversos candidatos nas eleições deste ano para fazer formar bancadas que façam frente ao crescimento da ala evangélica no Congresso em em legislativos estaduais e municipais. O grupo está em fase de formação e conta com 15 nomes, de sete estados e sete partidos, a maioria de centro ou esquerda: PPS, PSB, PV, PSOL, PCdoB, PTB e Solidariedade.
Falecimento
Morreu nesta quarta-feira o cartorário Cresus de Coutinho Camargo, titular do quarto cartório de protesto de Curitiba. O corpo foi cremado no fim da tarde de ontem. Cresus era irmão do desembargador Clayton Camargo e tio do ex-deputado estadual Fabio Camargo.
Conversa afiada
Tico Kuzma (Pros), vereador de Curitiba
O sr. propôs dar o nome de uma empresa ao viaduto estaiado da Avenida das Torres. Por quê?
É uma maneira de obter retorno para uma obra de grande valor, de mais de R$ 80 milhões. O viaduto vai ser uma obra bonita, um cartão postal da cidade. Outros países vendem esse direito de nome para estações de metrôs ou teatros públicos. O dinheiro poderia ir para educação, saúde. Mas tem que ver se a prefeitura também se interessa pela ideia.
A obra seria oficialmente chamada de "Viaduto da empresa x", é isso?
Sim. Não conversei com empresas, nem sei quanto seria o caso de cobrar. Mas o viaduto teria o símbolo da empresa, por exemplo.
Muita gente não gosta da ideia de ter cartões-postais associados a empresas. Não seria como vender o nome da Rua XV?
Não são todos que gostam da ideia. Para muitos, a mobilidade que o viaduto vai trazer é suficiente, por exemplo. Mas acredito que isso é pensar moderno. Arrecadar mais sem cobrar mais impostos.
Pinga-fogo
"Acho que o Estado brasileiro, ao pagar as indenizações, já, de certa maneira, pediu desculpas por tudo o que ocorreu."
Celso Amorim, ministro da Defesa, sobre o período da ditadura militar.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião