O ex-presidente da Câmara e deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse neste sábado (8) que não trabalha com a hipótese de a ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva (PT-AC), deixar o partido. "Ela é uma militante histórica do PT, muito querida", justificou, durante evento de encerramento das Caravanas do PT de SP, que reúne militantes e lideranças na capital paulista.
Para o deputado, o convite do PV a Marina, para ser sua candidata à Presidência em 2010 "é mais uma comprovação da importância dela no cenário político nacional". "Quero crer que ela vai continuar no PT". A senadora passa o fim de semana no Acre, onde conversa com aliados sobre o convite.
A respeito da eventual candidatura do ex-ministro da Integração Nacional, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), ao governo do Estado de São Paulo, Chinaglia afirmou que o relevante é a iniciativa do PT de "constituir alianças, conversando com os vários partidos". Mas primeiro, ressaltou, é "preciso trabalhar um projeto nacional em torno da candidatura da ministra da Casa Civil (à presidência da República), Dilma Rousseff, fazendo ajustes no âmbito dos Estados". Ele lembrou que alianças nacionais nem sempre se repetem nos Estados.
Chinaglia admitiu que, apesar de não faltarem nomes no PT para o governo de São Paulo, nenhum deles é "exuberante". "Não há candidato natural que possa agregar PT e partidos aliados". Questionado sobre uma eventual candidatura sua ao governo do Estado, ele comentou que "ninguém é candidato porque quer".
O deputado preferiu, no entanto, não se manifestar sobre a decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), de arquivar todos as denúncias contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). "Isso é assunto do Senado e da sociedade", argumentou.
Almoço
Em meio à negociação entre o PT e o PSB sobre uma possível candidatura do deputado Ciro Gomes (PPS-CE) ao governo paulista, a chefe da Casa Civil e candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, admitiu hoje a possibilidade de a ex-prefeita Marta Suplicy representar seu partido na corrida para o Palácio do Bandeirantes. "Quanto mais mulher melhor", afirmou Dilma, ao ser questionada se gostaria de dividir uma chapa em que Marta seja a candidata ao governo. "Acho que as mulheres são muito unidas nisso", respondeu Marta. Entre as comemorações do aniversário do SBT pela manhã, no Guarujá, e o encerramento das Caravanas do PT à tarde, na Capital, Dilma encaixou na agenda um almoço na casa de Marta.
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