Duas horas de chuva forte provocaram 11 pontos de alagamento na cidade de São Paulo nesta quinta-feira. Uma das áreas mais atingidas pela chuva foi a zona norte. Algumas avenidas da Vila Maria, por exemplo, ficaram cobertas pela água. Em Guarulhos, um deslizamento atingiu duas casas. Choveu forte também no extremo sul da capital, na região de Parelheiros, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências.
Ao todo, a Defesa Civil do município detectou 223 áreas de risco na capital por causa das chuvas dos últimos dias. Os pontos mais críticos estão na Capela do Socorro, no M´Boi Mirim, no Campo Limpo e na Freguesia do Ó. Em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, os moradores de Vila Pretória estão com medo dos desabamentos.
- O solo está tão encharcado que acaba escorregando - explicou o geólogo Jair Santoro.
No local, estão quase 1.700 barracos onde vivem cerca de 10 mil pessoas. Apesar da situação de emergência que vive a região, a prefeitura não tem plano de retirada para os moradores do local. Segundo a prefeitura, a Vila Pretória é uma área estadual invadida e cabe ao estado retirar as pessoas de lá.
No final da tarde, a chuva deu trégua, mas pode voltar durante a noite.
No interior do estado, a chuva também causou prejuízos e morte. Em Jundiaí, um menino de seis anos morreu depois de ser soterrado por um deslizamento de terra. O irmão dele, de seis meses, está internado em estado grave. Na quarta-feira, um jovem de 24 anos morreu depois que o telhado de uma fábrica desabou em Limeira.
Campinas registrou, em quatro dias de chuva, 40% do volume esperado para todo este mês de janeiro. Devido à previsão de mais chuva, a Defesa Civil mantém o estado de alerta no município. Os moradores do Jardim Paraíso de Viracopos estão entre os mais afetados pelas recentes chuvas. No bairro, quatro casas estão interditadas devido ao risco de desabamento e uma quinta desabou ao ser atingida por uma enxurrada de lama. Segundo os moradores, a lama desceu de uma obra inacabada da prefeitura em uma rua de terra.
Moradores das outras casas interditadas afirmam que suas residências foram atingidas por enxurrada que descia da Rodovia dos Bandeirantes. Nas casas moram famílias com crianças, algumas recém-nascidas.
A previsão é que as chuvas continuem na cidade pelo menos até esta sexta-feira. A prefeitura informou, através da assessoria de imprensa, que não há previsão para a conclusão das obras de drenagem no bairro, que teriam provocado a enxurrada de lama. Já a Companhia de Habitação (Cohab) informou que vai ajudar na reforma e que os moradores podem entrar no programa de financiamento. A companhia informou ainda que 55 famílias serão retiradas do bairro através de um empreendimento, cujas obras devem começar até junho.
Já sobre a enxurrada da Rodovia dos Bandeirantes, a AutoBan informou que o problema está sendo avaliado e podem ser feitas mais saídas de água em outros pontos da pista.
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