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O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse nesta sexta-feira (24) que nunca recebeu pressão do governo federal para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014.

Cid afirma que a ala do PSB que acusa o governo de tentar dificultar a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pode estar "vendo chifre em cabeça de cavalo".

Ontem, Campos disse a aliados que o governo e o PT estão agindo para evitar sua candidatura. Antes, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), líder do partido na Câmara, disse ver "o dedo do PT" nas manifestações de governadores do PSB contra a candidatura própria.

Mas Cid Gomes defende outra interpretação: "Já que algumas pessoas favoráveis à candidatura própria têm se manifestado publicamente, é legítimo que outros expressem uma opinião diferente".

Para o governador cearense, Beto Albuquerque "pode estar muito empolgado com a causa e estar vendo chifre em cabeça de cavalo".

"Eu nunca recebi pressão nenhuma do governo federal e já tive oportunidade de dizer que não estou no PSB para trabalhar contra a legenda. O que defendo é o que acho melhor para o partido", afirmou.

Cid afirma que a candidatura própria pode dificultar os palanques regionais do PSB em 2014, que tem atualmente seis governadores.

"Se a gente vai muito açodado [para as eleições], tenho preocupação que a gente saia menor do que entrou. Para manter o governo de seis Estados, precisamos pensar nas alianças", afirmou o governador cearense.

Segundo ele, ninguém no PSB é contra a candidatura de Campos. "Uma coisa é ser contra, outra coisa é entender que neste momento talvez seja melhor o partido manter uma aliança, se fortalecer regionalmente e se preparar para 2018", disse.

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