O ex-secretário de Segurança Pública Cid Vasques ganhou uma queda de braço com o Ministério Público do Paraná, sua instituição de origem, na tarde desta segunda-feira (1º). O órgão especial do Tribunal de Justiça do Paraná julgou um mandado de segurança, impetrado por Vasques, contra a lista sêxtupla de nomes indicados pelo quinto constitucional a uma vaga de desembargador na corte. A vaga no TJ era ocupada pelo desembargador, agora aposentado, Edson Vidal.
Em maio do ano passado, Vasques perdeu a seleção interna do conselho de procuradores do MP que definiu a lista sêxtupla de indicados. Vasques, que é procurador, foi preterido por seis promotores. Por 14 votos a 5, os magistrados anularam a lista com os argumentos que houve desvio de finalidade e violação da isonomia ao excluírem Vasques da lista.
Segundo o advogado do ex-secretário, Rodrigo Xavier Leonardo, o MP excluiu, injustamente, o nome de Cid Vasques por ele ter sido secretário da Segurança Pública. “Ele foi excluído sob o argumento de não ter atendido como secretário os interesses do MP. Portanto, segundo a instituição, ele não atenderia os mesmos interesses no TJ. Mas ele tem que atender é o interesse da Justiça. No TJ, o MP é apenas uma parte”, afirmou o advogado.
Vasques acumulou durante sua passagem pela pasta uma série de desgastes com o MP, principalmente, ao defender um rodízio de policiais no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Procurado, o MP informou que aguarda ser notificado formalmente da decisão para poder interpor recursos sobre o caso. A instituição mantém sua posição sobre a manutenção da lista sêxtupla anulada nesta segunda-feira.
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